Uma das pessoas infectadas pelo novo coronavírus é o técnico italiano Paolo Maldini. O comandante do Milan e o filho Daniel, jogador do time, foram diagnosticados com a doença, que tem a Itália como país mais afetado pela Covid-19 na Europa. Em recuperação, o treinador ressaltou que não se trata de uma "gripe normal". Mas, para ele, o pior já passou.
"Ainda tenho tosse seca, perdi o paladar e o olfato. Sinto como uma gripe um pouco mais feia. Mas não é uma gripe normal. Conheço meu corpo, como atleta conheço-me bem. As dores são particularmente fortes. E, por vezes, surge um aperto no peito. O corpo está lutando contra um inimigo que não conhece", disse, em entrevista ao jornal italiano Corriere della Sera.
Maldini começou a sentir os sintomas da doença no dia 5 de março. Primeiro vieram as dores nas articulações e nos músculos, com febre em 38,5ºC. No dia 6, uma sexta-feira, ele não compareceu ao treino em Milanello, centro de treinamento da equipe, e ficou em casa, afastado também do jogo no domingo, contra o Genova.
Por não ter tido dificuldades respiratórias, o técnico foi medicado com paracetamol."O pior já passou. Senti que não era uma gripe como as outras, até porque tinha tomado a vacina normal. Mas claro que estou preocupado com tudo. Um amigo meu teve problemas respiratórios, está no hospital em Legnano. Não dorme, tem pesadelos. Tive mais sorte", concluiu Maldini.
No mundo todo, até esta terça-feira (24), foram registrados quase 400 mil casos de infecção pela doença, causando 16.365 mortes. A Itália está completamente paralisada para reduzir o contágio, já tendo sofrido com muitos casos e mortes. Até esta terça foram quase 64 mil casos, com mais de 6 mil mortes.