Andrés Iniesta lamenta que o companheiro dos tempos de Barcelona Lionel Messi jamais tenha vencido uma Copa do Mundo. Em entrevista ao jornal argentino Olé, o atual jogador do Vissel Kobe, do Japão, disse considerar uma surpresa que o craque não tenha esse título no currículo pela seleção da Argentina, pois pelo talento ele merecia ao menos ter erguido a taça no mínimo uma vez.
Aos 36 anos, Iniesta disse que é uma pena a Argentina estar desde 1986 sem ganhar a Copa do Mundo. "Isso surpreende no sentido que o país teve grandes jogadores, uma seleção de nomes espetaculares e que tem ainda quem para mim é o numero 1 (Messi)", disse. O espanhol foi campeão do mundo em 2010, na África do Sul.
Segundo Iniesta, a Argentina teve a grande chance de ser campeã em 2014, no Brasil. "O que se passou na final contra a Alemanha, por exemplo, são detalhes. Pequenos momentos que definem se a balança pende para um lado ou para o outro. Seguramente, se jogam outro jogo poderia ter saído de maneira diferente", comentou. Na decisão no estádio do Maracanã, no Rio de Janeiro, a seleção alemã garantiu o tetracampeonato ao ganhar por 1x0.
O espanhol citou os quatro títulos de Liga dos Campeões da Europa conquistados ao lado de Messi no Barcelona para ressaltar as qualidades do ex-companheiro e defendê-lo das críticas existentes na Argentina de que o camisa 10 só joga bem no clube. "Como jogador, sei que é praticamente impossível que jogue mal uma partida", disse. "Acho que não se pode comparar o time com uma seleção argentina, porque no Barça se trabalha no dia a dia, sempre de uma forma determinada", acrescentou.
Iniesta define Messi como o melhor jogador da história. "Ele marca a diferença em qualquer aspecto. É capaz de fazer três gols em um jogo, assim como dar três assistências", disse. Por outro lado, o espanhol diz que não se pode depositar toda a expectativa de que o camisa 10 resolva um jogo sozinho. "Evidentemente, Leo não pode ser todo o time. Ele necessita tudo o que envolve o time para que isso potencialize ainda mais tudo o que ele é", analisou.
No futebol japonês desde 2018, Iniesta não descarta ser técnico após a aposentadoria. O grande parceiro dos tempos de Barcelona, o meia Xavi Hernández, seguiu esse caminho e atualmente dirige o Al Sadd, do Catar. "Eu desfrutei momento do momento anterior da minha carreira e estou aproveitando demais aqui também", resumiu