O procurador-geral suíço, Michael Lauber, questionado por sua gestão do escândalo de corrupção conhecido como "FIFAgate", apresentou sua demissão nesta sexta-feira (24), anunciada em um comunicado. Lauber, suspeito de conluio com o presidente da FIFA, Gianni Infantino, depois de uma série de reuniões informais com este último, afirmou ter renunciado "no interesse das instituições".
O promotor foi afastado no ano passado da investigação do escândalo de corrupção na FIFA, devido a seus contatos não declarados, mas revelados pela mídia, com o presidente da instância. Além disso, foi punido com uma redução salarial de 8% ao ano pela Autoridade de Supervisão do Ministério Público Suíço (AS-MPC) por ter mentido e "dificultado" a investigação disciplinar sobre sua pessoa.
Sua renúncia se segue à decisão do Tribunal Administrativo Federal (TAF), ao qual o próprio Lauber recorreu para denunciar as sanções que lhe foram impostas. Em um comunicado divulgado nesta sexta, o TAF confirmou, "em essência, as falhas no dever do procurador-geral, em particular no que se refere ao terceiro encontro com o presidente da FIFA, também considerado pelo tribunal como uma violação grave dos deveres do cargo".
O TAF também inclui entre suas conclusões que o procurador-geral "atentou contra a reputação" do MP. "Respeito a decisão do Tribunal Administrativo Federal. No entanto, mantenho minha firme rejeição à acusação de ter mentido", disse Lauber no comunicado de sua demissão.
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