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Organização diz que Olimpíada de Tóquio acontecerá mesmo sem fim do coronavírus

Os Jogos Olímpicos de Tóquio seriam realizados em julho de 2020, mas foram adiados para 2021 por conta da pandemia

Estadão Conteúdo
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Publicado em 05/08/2020 às 9:33 | Atualizado em 05/08/2020 às 9:33
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DÚVIDAS Após o primeiro adiamento, Olimpíada foi remarcada para ocorrer entre 23 de julho e 8 de agosto - FOTO: ARIS MESSINIS / POOL / AFP

Os Jogos Olímpicos de Tóquio, adiados deste ano para 2021, agora com a cerimônia de abertura agendada para o próximo dia 23 de julho, vão acontecer mesmo que o novo coronavírus não desapareça ou ainda não haja uma vacina contra ele. Essa é a posição de Toshiro Muto, chefe do Comitê Organizador da Olimpíada no Japão, em entrevista ao jornal britânico Financial Times, que afirmou ainda que não há a possibilidade de um novo adiamento.

"Não sei qual será o estado das infecções por novo coronavírus no próximo verão (no hemisfério norte), mas as chances de que isso seja algo do passado não são altas. Em vez disso, o importante é realizar as Olimpíadas para pessoas que precisam conviver com a covid-19", disse o dirigente japonês.

Muto assegurou que recebeu garantias do governo do Japão, liderado pelo primeiro ministro Shinzo Abe, que se comprometeu a assumir uma parte maior na responsabilidade de realizar os Jogos Olímpicos por conta do grande aumento nas contas causado pelo adiamento.

"Foi o governo nacional que decidiu adiar um ano. Com isso, a situação mudou um pouco. Além disso, realizar as Olimpíadas durante o coronavírus significa que a estratégia antivírus é crucial. A estratégia covid-19 deve ser definida em nível nacional", afirmou.

Com o adiamento, os custos para a realização dos Jogos Olímpicos aumentaram, mas o objetivo do Comitê Organizador é cortar o que for possível. Muto espera ter um novo orçamento em vigor até outubro e disse que pode ser difícil conseguir novos patrocinadores no clima atual, ainda cercado de incertezas.

"Numa época de infecções por covid-19, ter toda a pompa e folia das Olimpíadas não teria muita simpatia das pessoas em todo o mundo que experimentaram esse vírus. Antes, queremos algo simples, mas inspirador. Este é o mês em que planejamos nosso orçamento para o próximo ano. Não temos ideia de quanto nos pagarão. Reconheço que há uma série de opiniões entre os patrocinadores. Para alguns deles, seus resultados foram atingidos pelo coronavírus, mas não é necessariamente o caso de todos terem sofrido um impacto negativo. Existem empresas que também ganharam", completou Muto.

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