O presidente do Corinthians, Andrés Sanchez, defendeu nesta segunda-feira o enrijecimento do protocolo sanitário adotado no Campeonato Brasileiro para evitar a propagação do coronavírus. O dirigente declarou que as medidas podem ser aperfeiçoadas para que o torneio tenha sequência sem riscos.
"O Brasileirão precisa que todos entendam e aperfeiçoem os protocolos para continuar suas atividades. É da continuidade da atividade econômica dos clubes que depende o futuro de milhares de adultos, sem falar nos jovens que se dedicam nas categorias de base", escreveu o dirigente em seu perfil no Twitter.
Andrés também destacou que o Campeonato Paulista, encerrado no último sábado, transcorreu sem maiores problemas sanitários. Assim, pediu esforços para que isso também ocorra no Brasileirão, iniciado no fim de semana.
"Tivemos seriedade com os protocolos que nos deram no Paulista. Se for preciso mais no Brasileiro, terão nosso apoio. Somos responsáveis porque entendemos o que o futebol brasileiro representa para aqueles que formamos e empregamos", acrescentou.
O pedido de Andrés se dá um dia após o adiamento da partida entre Goiás e São Paulo, no estádio da Serrinha. O clube mandante só recebeu os resultados para o coronavírus horas antes da partida. Os exames iniciais apontaram dez resultados positivos, sendo que a contraprova confirmou nove casos de contaminação.
Também no domingo, o Corinthians anunciou que não realizará mais seus testes de covid-19 no Hospital Albert Einstein, alegando "diversas falhas e inconsistência nos testes realizados até aqui por outras equipes". Assim, avisou que vai "seguir com os exames realizados pelo mesmo laboratório de confiança utilizado durante a disputa do Campeonato Paulista".
Instituição contratada e credenciada pela CBF para a testagem de atletas e demais envolvidos na retomada das competições nacionais, O Albert Einstein já havia aparecido no noticiário esportivo devido a uma falha em resultados de exames feitos pelo Red Bull Bragantino antes das quartas de final do Paulistão, contra o próprio Corinthians. Na ocasião, o clube do interior foi notificado sobre 23 testes positivos na delegação, incluindo nove jogadores e quatro membros da comissão técnica. Horas antes da partida, a equipe de Bragança descobriu que os resultados estavam errados.