Da Estadão Conteúdo
As federações de futebol de Argentina, Chile, Paraguai e Uruguai oficializaram, em cerimônia realizada nesta terça-feira (2), uma candidatura conjunta para sediar a Copa do Mundo de 2030, quando o evento completará 100 anos de sua criação. O lançamento foi realizado no Estádio Centenário de Montevidéu, palco da maioria dos jogos do primeiro mundial da história, em 1930, inclusive das semifinais e da final, vencida pelos anfitriões diante da seleção argentina.
Autoridades políticas e esportivas foram recepcionadas no lendário estádio pelo presidente uruguaio Luis Lacalle Pou. Reunidos, eles concretizaram uma candidatura que vem sendo planejada desde 2017. Inicialmente, a união era apenas entre Argentina e Uruguai, mas Chile e Paraguai se juntaram ao bloco, com o apoio da Conmebol.
"Este é o sonho de um continente. A América do Sul entende que o futebol tem que reconhecer e não disputar, porque vão haver mais mundiais, porém é apenas uma vez que se completa 100 anos. Em uma ocasião como essa, é preciso voltar para casa", afirmou o presidente da Conmebol, Alejandro Domínguez, em coletiva de imprensa. "Acreditamos que o motivo seja mais que o suficiente para que a Fifa aceite esta como uma só candidatura".
Depois da estreia no Uruguai, a Copa do Mundo teve mais quatro edições na América do Sul, duas delas no Brasil (1950 e 2014), uma no Chile (1962) e uma na Argentina (1978). Entre os países da candidatura conjunta, o Paraguai é o único que jamais recebeu o evento em seus estádios.
Portugal e Espanha na disputada para sediar a Copa do Mundo de 2030
A Fifa espera definir a sede da Copa de 2030 até 2024, e a proposta sul-americana deve ter concorrência. Em junho de 2021, Portugal e Espanha também se lançaram juntos em uma tentativa de sediar a edição centenária. Reino Unido e Irlanda cogitaram entrar na briga, mas desistiram do lançamento. Também foram especuladas propostas de países como Marrocos e Israel.
Depois da Copa do Catar, em novembro deste ano, a edição de 2026 será realizada conjuntamente por México, Canadá e Estados Unidos Marrocos concorreu com o bloco norte-americano na votação realizada em 2018 e teve 32% dos votos contra 66% dos vencedores.