O Náutico está oficialmente rebaixado para a Série C do ano que vem. Na noite desta sexta-feira (21), a Chapecoense venceu a Tombense por 3x2 e sacramentou a queda alvirrubra com três rodadas de antecedência.
Como só tem 30 pontos, o Timbu só conseguiria chegar até 39. Como a Chapecoense era o primeiro time fora da zona de rebaixamento e fez a sua parte, além do Novorizontino ter 41, matematicamente não há mais saída.
Com isso, a partida contra o Grêmio, próximo domingo (23), nos Aflitos, servirá apenas para os pernambucanos cumprirem tabela.
Já para o Tricolor Gaúcho, o jogo, por sua vez, pode carimbar sua vaga para a Série A do Brasileirão, basta uma simples vitória.
Essa será a terceira vez na sua história que o Náutico jogará a Série C, a segunda no pequeno intervalo de cinco anos. Os anos foram os de 1999, 2018 e, agora, 2023.
Nem o mais pessimista dos alvirrubros imaginariam um desfecho semelhante no final desta temporada. Após bater na trave da Série A no ano passado, quando chegou a liderar a Série B e conseguir o recorde de invencibilidade da segundona (foram 14 jogos), as expectativas eram grandes para 2022.
O que se viu, no entanto, foi diferente. A equipe até conseguiu o bicampeonato pernambucano, mas apenas nos pênaltis, contra o jovem time do Retrô, que chegava à sua primeira decisão.
Eliminado na primeira fase da Copa do Brasil para o modesto Tocantinópolis, o Timbu foi longe na Copa do Nordeste e chegou à semifinal. Acabou caindo para o poderoso Fortaleza, que viria a ser o campeão.
Nesta Série B, foram 24 rodadas na zona de rebaixamento, em 34 partidas disputadas. Só na lanterna, foram 12 vezes, uma sequência amarga.
O reflexo da campanha tenebrosa se refletiu nos atritos entre a torcida, elenco e diretoria. Foram inúmeros os casos de tentativa de invasão aos vestiários dos Aflitos, gerando críticas públicas do ex-técnico Hélio dos Anjos à diretoria.
O clima também esquentou de dentro pra fora, mas com os atletas. No último jogo no Recife, quando venceu a Tombense por 4x3, o volante Richard Franco chegou a atirar um copo de água em direção a um torcedor.
Internamente, a situação também não era das melhores. O meia Jean Carlos, ídolo da torcida, chegou a ser colocado no banco de reservas pelo técnico Elano - um dos quatro que comandou o Timbu neste ano -, gerando críticas da torcida.
Em um jogo, os dois acabaram tendo uma discussão ferrenha no meio da partida, ganhando horas de debate no noticiário local.
Protestos também foram realizados na sede do clube, pedindo a renúncia do presidente Diógenes Braga, que ainda não completou um ano de mandato.
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