A ex-jogadora da Seleção Brasileira Feminina de Vôlei, Ana Paula Borgo, faleceu nesta quinta-feira (11), em São Paulo.
A atleta lutava contra um câncer no estômago desde setembro do ano passado.
LUTO NO VÔLEI
Através das redes sociais a mãe de Ana Paula, Débora Borgo, anunciou aos amigos, familiares e fãs, o falecimento da atleta.
"Jesus recolheu minha filha", informou Débora.
Na terça-feira (9), Ana Paula fez sua última postagem nas redes sociais.
Na imagem, a atleta aparece ao lado do seu marido Carlos, comemorando o seu aniversário de casamento atrasado.
Na legenda, Ana Paula diz que não estava bem para comemorar na data e agradeceu o apoio incondicional do parceiro.
CARREIRA
Ana Paula Borgo teve o diagnóstico do tumor durante os exames médicos realizados na pré-temporada da Superliga, no time do Barueri.
Antes disso, Paula Borgo havia jogado pelo time do Bergamo, na Itália e pelos clubes Kale e Nilufer, na Turquia.
No Brasil, a atleta tem passagens pelo Pinheiros, Osasco, Praia Clube e Fluminense.
Pela Seleção Brasileira de Vôlei, a oposta foi campeã mundial da categoria sub-23, em 2015.
Com a seleção adulta, ganhou a medalha de prata comandada pelo técnico Zé Roberto Guimarães, na Liga das Nações de 2019.
ENTIDADES DO VÔLEI SE PRONUNCIAM
A Confederação Brasileira de Vôlei (CBV) postou uma nota, manifestando seu profundo pesar pelo falecimento da atleta.
"Ela foi um grande talento do vôlei nacional e defendeu a seleção brasileira em importantes competições", diz a nota.
"Neste momento tão díficil, a CBV se solidariza com a família e amigos de Ana Paula Borgo", completou a entidade.
AUXÍLIO DA CONFEDERAÇÃO BRASILEIRA DE VÔLEI
Ana Paula Borgo foi a primeira beneficiada de programa de auxílio emergencial da Confederação Brasiliera de Vôlei (CBV).
A atleta precisou se afastar das quadras, logo após o diagnóstico do tumor no estômago, realizado durante exames na pré-temporada do Barueri.
O caso foi aceito por unanimidade em colegiado que inclui representantes dos atletas.
Os atletas podem receber suporte financeiro de até R$ 12 mil, em caso de aprovação.
O objetivo é auxiliar com despesas de alimentação, medicamento, consultas e despesas médicas.
O caso de Paula se encaixava em "apoio a doença grave (auxílio ao atleta que receba diagnóstico de doença de evolução prolongada/permanente, que impeça a prática do esporte)".