Nesta segunda-feira (15), a Procuradoria-Geral do STJD pediu a suspensão preventiva por 30 dias de oito jogadores suspeitos de envolvimento no esquema de manipulação de resultados de futebol envolvendo casas de apostas.
Entre eles está o lateral-direito do Sport, Igor Cariús. De acordo com a operação Penalidade Máxima, instaurada pelo Ministério Público de Goiás, ele teria recebido R$ 5 mil antes do jogo entre Cuiabá (clube na qual defendia) e Ceará, para que levar um cartão amarelo em campo. Na ocasião, o atleta foi advertido e ainda terminou expulso.
Caso a decisão seja acatada, o atleta já não poderia entrar em campo contra o São Paulo, próxima quarta-feira (17), pelo jogo de ida das oitavas de final da Copa do Brasi.
Além de Cariús, também estão sendo investigados e podem ser suspensos:
Todos foram denunciados pela Procuradoria do STJD pelos artigos 243 e 243 A do Código Brasileiro de Justiça Desportiva, que tratam respectivamente sobre "atuar, deliberadamente, de modo prejudicial à equipe que defende e "atuar, de forma contrária à ética desportiva, com o fim de influenciar o resultado de partida, prova ou equivalente.
A decisão do pedido do STJD agora está nas mãos do presidente do Tribunal, Otávio Noronha. Até então, nenhum dos envolvidos haviam tido algum tipo de restrição, como serem titulares ou relacionados para os jogos.
Sobre o episódio em questão, o advogado de Cariús, Ademar Rigueira, chegou a dizer em entrevista ao GE, na semana passada que não há provas de que o recebimento do valor estaria ligado ao conteúdo da denúncia.
"A questão dos R$ 5 mil. Se coloca como se fosse uma situação provada que ele teria recebido dos apostadores R$ 5 mil. O que se tem é uma conversa dele com uma pessoa que é dono de uma representação de material esportivo. Esses R$ 5 mil podem estar dentro de um contexto completamente diferente do que está se colocando. Pode ser patrocínio, utilização de material esportivo, pode ser em virtude de uma propaganda, de uma mídia. No print que foi juntado na denúncia se fala da loja. Não tem nem o nome da pessoa, tem o nome da loja. Essa pessoa entrou em contato com a assessoria de Cariús para fazer uma divulgação de material esportivo, então ele presume que tenha sido dessa divulgação. Até isso a gente está estudando", comentou.