O Ministério Público de São Paulo (MP-SP) solicitou à CBF, através de um ofício, o adiamento do clássico entre Corinthians e Palmeiras, válido pela 22ª rodada do Campeonato Brasileiro de 2023.
A partida está marcada para o domingo, dia 03 de setembro, às 16h (horário de Brasília) na Neo Química Arena.
O motivo da solicitação do MP-SP é que no mesmo dia, às 20h30, está marcado para o Estádio do Morumbi o jogo entre São Paulo e Coritiba, também pelo Brasileirão.
O MP também citou no documento enviado à CBF, que a Polícia Militar do Estado de São Paulo solicitou a alteração da data da final da Copa Pioneer, que é um torneio de várzea e a final está marcada para o Allianz Parque, às 10h do domingo (03).
"Recomendamos a alteração da data do jogo do Campeonato Brasileiro entre Sport Club Corinthians Paulista e Sociedade Esportiva Palmeiras e, como já solicitado pela Polícia Militar do Estado de São Paulo, a alteração da data da final da Copa Pioneer", diz trecho do ofício do Ministério Público de São Paulo, enviado à CBF.
Além destes jogos, a cidade de São Paulo também receberá um grande evento no mesmo fim de semana: o festival de música The Town, que acontecerá no Autódromo de Interlagos.
LINHAS DE METRÔ SE INTERLIGAM
O portal UOL teve acesso ao documento do MP, que é datado do dia 23 de agosto e segue válido.
Os argumentos do Ministério Público se baseiam no histórico de violência entre torcedores na capital paulista e cita também a interligação entre linhas de metrô que levam aos estádios.
"As linhas de metrô e trem que levam para os estádios Neo Química Arena e Cícero Pompeu de Toledo se interligam, facilitando confrontos entre os torcedores mal intencionados, podendo gerar a prática de atos violentos e de depredação, além de medo aos usuários do transporte público, conforme já ocorrido diversas vezes ao longo dos anos anteriores. O histórico de violência entre as torcidas do Sport Club Corinthians Paulista, da Sociedade Esportiva Palmeiras e do São Paulo Futebol Clube inclui muitas brigas e confrontos, inclusive com mortes", diz o Ministério Público de São Paulo em outro trecho do ofício.