Klisman Gama
Publicado em 21/08/2020 às 21:15
Enfim, a estreia do técnico Gilson Kleina na beira do gramado com o Náutico acontecerá neste sábado, diante do Juventude, às 16h30, no estádio dos Aflitos, pela quinta rodada da Série B. Porém, o novo comandante ainda tem muito trabalho a fazer. O principal deles é de aumentar o poder de criação da equipe. O Timbu tem dificuldade de fazer jogadas trabalhadas e invadir a área adversária. Isso se reflete também no baixo aproveitamento dos atacantes. Diante do Vitória, na última quarta, boa parte das tentativas vieram de chutes de média e longa distância ou através da bola aérea. Pouco para uma equipe que busca ser protagonista na Série B, como o próprio Kleina pretende.
“Eu quero resgatar o futebol do Náutico, nossas ideias. A ideia de jogo que a gente está colocando aos poucos, os atletas têm que responder. Então o fator de sucesso é quando todos nós estamos apoiando a mesma linha, os jogadores comprarem a ideia, no sentido que nós temos que ser uma equipe equilibrada. É muito importante, hoje, você ter o equilíbrio defensivo, mas é importante também você ter uma situação de trabalhar no campo adversário. Espero que haja uma evolução para que realmente vocês entendam que está tendo uma ideia de jogo, uma postura querendo o diferente”, afirmou o comandante.
O Náutico tem pouca variação de jogadas e demonstra dificuldade para a criar linhas de passe na frente, dando poucas opções ao atleta que estiver com a bola para tocar. Assim, muitas vezes os armadores (Jean Carlos e Jorge Henrique) se veem obrigados a dar um passe para trás ou lateral. Daí, parte também de uma compreensão dos atacantes e laterais, quando participam nas jogadas de ataque, a dar essa opção. Da mesma forma que, quando eles estiverem com a bola, os outros também surjam.
“Você não consegue buscar uma vitória de qualquer maneira, uma das principais situações que tem que acontecer é uma organização para que você comece a ganhar os jogos. Pode até acontecer, mas você não faz vitórias. Tentando criar, aumenta a chance de gol, aí a probabilidade de vitória aumenta. Mas se você criar pouco, a probabilidade de ter um resultado negativo ou de empate é muito maior. Então é isso que nós estamos trabalhando, para que realmente nós criemos a nossa identidade. É uma identidade forte, os jogadores estão demonstrando isso até nos treinos”, acrescentou.
Contra o Juventude, o Náutico deve ter poucas mudanças na equipe. Na cabeça de área, Rhaldney, depois de cumprir suspensão, deve voltar na vaga de Djavan. Porém, o prata da casa conta com a concorrência de Josa, correndo por fora na disputa pela titularidade. Outra alteração que pode acontecer é a entrada de Thiago na vaga de Dadá Belmonte, voltando a iniciar um duelo depois de três jogos.
O time gaúcho chega para o duelo com a chance de poupar alguns titulares, como o meia Renato Cajá e o lateral Luís Ricardo, pois tem jogo pela Copa do Brasil na próxima semana, contra o América-RN. Com sete pontos na Série B, o Alviverde vem de derrota para o Paraná e empate contra o América-MG, somado a uma cobrança por recuperação nesta rodada diante do Náutico.
Náutico
Jefferson; Hereda, Rafael Ribeiro, Camutanga e Wilian Simões; Rhaldney, Jean Carlos e Jorge Henrique; Erick, Dadá Belmonte (Thiago) e Salatiel. Técnico: Gilson Kleina.
Juventude
Luis Carlos; Igor, Genilson, Augusto e Hélder; Gabriel Bispo, Tarta, Bochecha e Gabriel Terra; Dalberto e Rafael Silva. Técnico: Pintado.
Local: Estádio dos Aflitos. Horário: 16h30. Árbitro: Rodrigo Batista Raposo (DF). Assistentes: Leila Naiara Moreira da Cruz e Lucas Torquato Guerra (ambos DF).