'Mercadologicamente falando, estamos tendo resposta', diz presidente do Santa Cruz sobre joias da base

Constantino Júnior reforça o fortalecimento das categorias de base tricolor para criar ativos para o clube
Filipe Farias
Publicado em 20/05/2020 às 20:53
Jogadores oriundos das categorias de base ganharam espaço no elenco profissional Foto: ALEXANDRE GONDIM/JC IMAGEM


Assim como aconteceu com grandes equipes que foram rebaixadas para divisões inferiores, casos de Corinthians (2007, para a B), Internacional (2016, para a B), e o próprio Náutico (2017, para a C), que investiram nas categorias de base para conquistar o acesso,o Santa Cruz também vem oportunizando mais espaço no elenco profissional aos pratas da casa. Dos 31 atletas que compõem o grupo comandado pelo técnico Itamar Schulle, doze passaram por alguma categoria da base coral - também levando em consideração o sub-23. Número que representa 39% do plantel formado no Arruda.

A alternativa de apostar nos garotos oriundos da basa, infelizmente, está longe de ser uma postura ideológica do clube. Contudo, assim como nos exemplos citados acima, o Tricolor do Arruda vem olhando com mais carinho para dentro de casa por conta da necessidade. A falta de recurso financeiro acabou impondo essa realidade. Sendo que, de acordo com o presidente do Santa Cruz, Constantino Júnior, mesmo o prata da casa tendo um custo menor quando chega ao profissional (em termos de salários), a caminhada até a profissionalização é dispendiosa para a agremiação.

"Faz parte do nosso planejamento (dar oportunidade para os jovens). Mas, para manter a base, precisa de muito recurso financeiro - investir em estrutura, alimentação, viagens para competições, hospedagem para os garotos. Mas conseguimos, mesmo com todas as dificuldades, estrutura o nosso departamento de futebol amador, da base, e com uma direção dedicada estamos conseguindo grandes descobertas. Já fizemos uma excelente Copa São Paulo de Futebol Júnior (foi eliminado pelo São Paulo, em jogo televisionado para todo o Brasil por uma emissora de TV por assinatura), também fomos bem na Copa do Nordeste sub-20. Desde o início da nossa gestão que estamos criando essa maturação, buscando o equilíbrio pois, sem dúvida, as categorias de base é o alicerce do clube. Mantendo essa capacidade de revelar jogadores e os transformar em ativos", argumentou o mandatário tricolor.

Apesar de ter afetado o time do Santa Cruz como um todo, Constantino Júnior acredita que a paralisação do futebol por conta da pandemia do novo coronavírus foi mais prejudicial para os garotos da base. "Essa paralisação atrapalhou um pouco. A gente tinha vários jogadores que vinham numa crescente. Com um número grande de atletas oriundos do time de base no elenco principal... Alguns jogando e outros como reservas imediatos. Mas estamos indo no caminho certo, dando valor a esses jovens talentos e condições de jogar e ganhar essa maturação em campo", apontou o dirigente.

E, segundo o presidente coral, o feedback do mercado já está acontecendo. Ou seja, outros clubes vêm demonstrando interesse nas joias corais. OS mais cobiçados: o goleiro Maycon Cleiton, o volante André, o meia João Cardoso e o atacante Felipe Simplício. "Estamos tendo uma resposta mercadologicamente falando, porque o Santa Cruz é visto como um clube que revela bons atletas e é bem observado como um todo", revelou Constantino. "Já era importante dar oportunidade a esses garotos que tem a identidade do clube e a vontade de vencer aqui. Atletas que estão iniciando a carreira e que vão virar ativos do Santa, podendo gerar frutos financeiros de forma imediata - em caso de uma negociação. Então, sem dúvida, se essa já era uma premissa básica do clube, agora passou a ser ainda mais importante investir no nosso futebol de base e acreditar na nossa molecada", concluiu.

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