COLUNA DO ESTADÃO

Moraes mantém rédea curta nas investigações sobre milícias digitais no Planalto

Na investigação sobre a atuação de milícia digital no Executivo, o ministro fez questão de escolher o substituto da delegada Denisse Ribeiro, que está em licença-maternidade e teve de sair temporariamente do caso

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Alberto Bombig

Publicado em 12/02/2022 às 7:00
Moraes nomeou o delegado Fabio Shor, que já auxiliava Denisse desde 2020. - NELSON JR./STF

Na investigação sobre a atuação de milícia digital no Executivo, o ministro do Supremo Alexandre de Moraes fez questão de escolher o substituto da delegada Denisse Ribeiro, que está em licença-maternidade e teve de sair temporariamente do caso. A indicação do substituto poderia ter ficado a cargo do diretor-geral da Polícia Federal, Paulo Maiurino, o que seria um gesto de pacificação de Moraes para com o Palácio do Planalto. O ministro, no entanto, nomeou o delegado Fabio Shor, que já auxiliava Denisse desde 2020. O inquérito das milícias digitais investiga aliados e apoiadores do governo, além do próprio presidente Jair Bolsonaro (PL), por ataques antidemocráticos e notícias falsas.

AMEAÇA DO SUL

Um dos principais motivos pelos quais Eduardo Leite (PSDB), e não Sergio Moro (Podemos), tem sido visto no Planalto como "ameaça" a Bolsonaro entre os nomes da terceira via é que o gaúcho representaria o "novo" a um eleitorado cansado de velhos nomes da política e de estar preso num eterno "dia da marmota" do isolamento pandêmico.

NO NINHO

Aliados do governador do Rio Grande do Sul acreditam que ele quer sair candidato e apontam essa saída como uma boa possibilidade a ser considerada. "A bola está quicando na frente dele", disse um entusiasta do gaúcho.

MUNIÇÃO

Enquanto a candidatura de Leite ainda é incógnita, a artilharia do Planalto pretende mirar Moro, tentando atribuir a ele a culpa pela soltura do ex-presidente Lula (PT) nos aspectos que resultaram na anulação do processo.

DOS LIMÕES...

A polêmica envolvendo Kim Kataguiri, que tem sido acusado por opositores de contestar a proibição do nazismo na Alemanha, fez o MBL incluir em seu curso de formação de lideranças, a Academia MBL, aulas sobre como enfrentar o "cancelamento".

...À LIMONADA

"A gente pode explicar como é receber a bomba, as primeiras 24 horas, como reagir e o que não fazer", disse Renan Santos, um dos líderes. O valor para participar da formação da Academia MBL foi de R$ 1,1 mil em 2021.

PODE VIR

O nanico PV tem celebrado vitórias na Justiça contra o governo. Depois da suspensão de trechos do decreto sobre exploração de cavernas, o STF agora acatou ação contra corte de recursos da educação. "O governo Bolsonaro é uma barbárie e bárbaros têm de ser tratados na Justiça", disse o presidente José Luiz Penna.

CONTROLE

Agora sob nova direção, mas ainda sob o controle de Roberto Jefferson, o PTB quer ser o lar dos bolsonaristas sem partido. O presidente paulista da sigla, Otávio Fakhoury, disse que o PTB é a saída para aqueles que não vão conseguir se encaixar no PL.

ME GARANTO

Ainda segundo Fakhoury, o partido acredita que vai crescer e que não deve buscar uma federação. A ideia, porém, não agrada a Jefferson, que está em prisão domiciliar.

PRONTO, FALEI!

Marina Silva

Ex-ministra do Meio Ambiente

"Os prejuízos do governo ao meio ambiente são imensamente maiores do que um orçamento de fiscalização com menos da metade de seus recursos executados."

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