COLUNA DO ESTADÃO

Sem cargo, ex-Secom Fábio Wajngarten já trabalha na campanha eleitoral de Bolsonaro

Fábio Wajngarten promete fazer a articulação entre a campanha e o Planalto, mediando o conflito entre os dois filhos do presidente, Carlos, que cuida das redes sociais, e Flávio, que anda colado na turma do PL

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Mariana Carneiro

Publicado em 14/06/2022 às 7:00
Fábio Wajngarten, ex-secretário de Comunicação do governo Bolsonaro - CAROLINA ANTUNES/PR

Antes mesmo de sentar na cadeira, Fábio Wajngarten já trabalha na campanha de Jair Bolsonaro. Na sexta, negociou com a TV Record a inserção do presidente ao vivo dos EUA, durante a Cúpula das Américas. Ontem, se reuniu com o presidente do PL, Valdemar Costa Neto, e o marqueteiro Duda Lima, que trabalha para o partido e é responsável pelos comerciais no rádio e na TV Uma pesquisa qualitativa feita pelo PL mostra o presidente mal avaliado entre eleitores em razão de ataques às urnas eletrônicas e ao STF. Wajngarten promete fazer a articulação entre a campanha e o Planalto, mediando o conflito entre os dois filhos do presidente, Carlos, que cuida das redes sociais, e Flávio, que anda colado na turma do PL.

DE LONGE

O ex-secretário de Comunicação da Presidência deixou o governo no ano passado após se estranhar com o ministro Fábio Faria, das Comunicações, e com o então titular da Saúde, Eduardo Pazuello, mas seguiu próximo ao governo.

DEPOIS

O motivo alegado por Michelle Bolsonaro para não gravar os vídeos de propaganda do PL, semana passada, foi uma crise de labirintite. Ela, no entanto, viajou com o presidente aos EUA. Nas inserções, apareceu Flávia Arruda (PL-DF), que havia filmado no início do mês.

VER DE NOVO

A equipe de Onyx Lorenzoni (PL) prepara uma vacina para evitar que o agora rival Eduardo Leite (PSDB) conquiste votos bolsonaristas no Rio Grande do Sul. Leite apoiou Bolsonaro no 2.º turno em 2018. A campanha de Onyx vai alegar que Leite "traiu" Bolsonaro nos mesmos moldes que fez João Doria (PSDB) em São Paulo.

1+1

Nos bastidores, o prefeito do Rio, Eduardo Paes (PSD), tem dito que pode oferecer um segundo palanque a Lula no Estado, o de Felipe Santa Cruz, para dar apoio ao petista já no 1.º turno. Problema: Lula quer centralizar a campanha no Rio em Marcelo Freixo (PSB) e, com o acordo, também apareceria com o concorrente.

COSTURA

Parte do PT, no entanto, acredita que Freixo limita o crescimento de Lula para fora das esquerdas no Rio e, portanto, um acordo com o grupo de Paes seria parte da solução.

STAND BY

"Não tenho reunião marcada com o Lula. Assim que ele marcar, terei, como sempre, enorme prazer em conversar com ele", desconversa Paes. O presidente do diretório do PT no Rio, João Maurício de Freitas, que diz trabalhar contra a união e por Freixo, espera a resolução do impasse em até dez dias.

BONDADE

Com caixa cheio, Rodrigo Garcia (PSDB) investe em programas de devolução de ICMS a empresas que pagaram mais no ano passado. A Secretaria de Fazenda abriu uma 3.ª rodada de restituição de créditos, e empresas pediram R$ 205 milhões - o programa vai até dia 24. Nas outras rodadas, o governo devolveu R$ 210 milhões.

DIFERENTE

"Estamos devolvendo imposto, ao contrário de promessas vazias por aí", diz Felipe Salto, referindo-se à proposta federal de zerar o ICMS.

*COM JULIA LINDNER E GUSTAVO CÔRTES

PRONTO, FALEI!

Plínio Valério

Senador (PSDB-AM)

"Esse trágico episódio envolvendo Dom e Bruno está servindo para chamar a atenção do mundo para a insegurança na Amazônia. O tráfico de drogas ali reina."

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