A data de 7 de setembro está sendo tratada por aliados de Jair Bolsonaro como "a última pesquisa" antes da eleição, no dia 2 de outubro.
A campanha do presidente Bolsonaro quer dar ao evento um "caráter plebiscitário" e, por isso, deseja colocar mais pessoas nas ruas do que no passado - se a participação popular for igual, seria sinal de que algo deu errado.
Um dos desafios que já foram mapeados é que os efeitos do pacote de bondades, como o aumento do Auxílio Brasil e do vale-gás, podem se tornar mais perceptíveis só depois da data. Por isso, ainda que digam não contar com a ajuda deles no Bicentenário, querem que pelo menos provoquem uma "onda" capaz de turbinar o presidente na reta final do 1º turno.
VOLTA
Uma das estratégias da campanha do presidente para tentar resgatar votos de bolsonaristas arrependidos é focar nas questões econômicas. Para eles, a rejeição de Bolsonaro se deve em grande parte à crise, enquanto a rejeição de Lula estaria mais enraizada no antipetismo, mais difícil de acionar.
CONVITE
A cerimônia em que Bolsonaro discursou contra vacinas e defendeu remédios inúteis contra a covid, no Conselho Federal de Medicina, foi organizada com o pretexto de discutir "assuntos de interesse da classe médica", como indica o convite enviado pela entidade.
CLAQUE
Mas membros da categoria não puderam falar e nem todos foram convidados - a Associação Brasileira de Infectologia, a mais próxima do combate à covid, não apareceu. "Foi um comício, me senti enganado", diz José Francisco Marques, da Associação Brasileira de Hematologia.
QUEM PEGOU, PEGOU
O Ministério da Economia elevou para R$ 5,8 bi o bloqueio em emendas parlamentares de relator, o chamado orçamento secreto, a ser anunciado hoje. Somado ao bloqueio anterior, de R$ 1,7 bilhão, o governo está congelando R$ 7,5 bi em emendas RP9, praticamente tudo o que estava reservado para ser gasto após a eleição.
RECHEI
A campanha de Lula quer terminar o programa de governo do petista antes do início do horário eleitoral para aproveitar o conteúdo nas peças de propaganda. Mas só uma parte
AO PONTO
O time de comunicação pediu para Aloizio Mercadante, que elabora o plano de governo, separar os cinco pontos mais importantes que devem ir ao ar. O texto ainda não está pronto, mas a ideia é fazer uma comunicação simples e focar em temas como o combate à pobreza.
LIMITE
Pré-candidato ao governo do Rio Grande do Sul, Beto Albuquerque (PSB) tem dito a aliados que não vai aceitar ser vice em uma chapa com o PT. Caso ele desista de concorrer ao governo, um outro nome da sigla será anunciado em seu lugar.
DONO
De acordo com o presidente do diretório gaúcho do PSB, Mário Bruck, a decisão cabe somente a Albuquerque. Ele deve anunciar o que pretende fazer na segunda.
PRONTO, FALEI!
Persio Arida
Ex-presidente do Banco Central
"Um governo perde popularidade com inflação ou desemprego. Mas qual delas afeta mais a popularidade? A resposta é sempre a inflação", disse, em evento do Livres.