Confinamento por pandemia já salvou quase 60.000 vidas na Europa, diz estudo

Segundo o estudo do Imperial College de Londres, a Itália, país europeu mais atingido pela pandemia, o impacto do isolamento foi alto, 38 mil vidas salvas
AFP
Publicado em 31/03/2020 às 13:15
O coronavírus já provocou mais de 38.000 mortes e cerca de 790.000 infectados no mundo Foto: Mladen Antonova/AFP


O confinamento e outras medidas tomadas para frear o avanço da pandemia de COVID-19 salvaram a vida de 59.000 pessoas em 11 países europeus, um número muito superior ao de mortos atualmente, segundo um estudo britânico.

"Com as medidas aplicadas até agora (...) estimamos que tenham evitado a morte de 59.000 pessoas em 11 países até 31 de março", diz o estudo realizado por pesquisadores do Imperial College de Londres, universidade renomada na área médica.

Estes professores universitários especializados em epidemiologia e matemática criaram um modelo sobre a dinâmica da pandemia na Europa e estimaram como o contágio foi freado com as diferentes medidas aplicadas.

As iniciativas levadas em consideração são a quarentena dos infectados, o fechamento de escolas e universidades, a proibição de reuniões, as medidas de distanciamento social e o confinamento geral.

Trata-se de modelos teóricos que partem do pressuposto de que uma mesma medida tem um impacto comparável nos 11 países europeus estudados.

Na Itália, país europeu mais atingido pela pandemia e o primeiro a decretar medidas rígidas, o impacto foi também o mais forte sendo 38.000 o número de vidas salvas, diante das 11.000 mortes atuais, segundo o estudo.

Depois aparece a Espanha, com 16.000, o dobro dos mortos atuais, e França, com 2.500, em comparação com os mais de 3.000 registrados. Em seguida, aparecem Bélgica (560), Alemanha (550), Reino Unido (370), Suíça (340), Áustria (140), Suécia (82), Dinamarca (69) e Noruega (10).

Ainda assim, os pesquisadores do Imperial College destacam que "muitas outras mortes serão evitadas se as medidas forem mantidas até que a transmissão (da doença), caia para níveis baixos".

O coronavírus já provocou mais de 38.000 mortes e cerca de 790.000 infectados no mundo.

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O que é coronavírus?

Coronavírus é uma família de vírus que causam infecções respiratórias. O novo agente do coronavírus foi descoberto em 31/12/19 após casos registrados na China.Os primeiros coronavírus humanos foram isolados pela primeira vez em 1937. No entanto, foi em 1965 que o vírus foi descrito como coronavírus, em decorrência do perfil na microscopia, parecendo uma coroa.

A maioria das pessoas se infecta com os coronavírus comuns ao longo da vida, sendo as crianças pequenas mais propensas a se infectarem com o tipo mais comum do vírus. Os coronavírus mais comuns que infectam humanos são o alpha coronavírus 229E e NL63 e beta coronavírus OC43, HKU1.

Como prevenir o coronavírus?

O Ministério da Saúde orienta cuidados básicos para reduzir o risco geral de contrair ou transmitir infecções respiratórias agudas, incluindo o coronavírus. Entre as medidas estão:

  • Lavar as mãos frequentemente com água e sabonete por pelo menos 20 segundos, respeitando os 5 momentos de higienização. Se não houver água e sabonete, usar um desinfetante para as mãos à base de álcool.
  • Evitar tocar nos olhos, nariz e boca com as mãos não lavadas.
  • Evitar contato próximo com pessoas doentes.
  • Ficar em casa quando estiver doente.
  • Cobrir boca e nariz ao tossir ou espirrar com um lenço de papel e jogar no lixo.
  • Limpar e desinfetar objetos e superfícies tocados com freqüência.
  • Profissionais de saúde devem utilizar medidas de precaução padrão, de contato e de gotículas (mascára cirúrgica, luvas, avental não estéril e óculos de proteção).

Para a realização de procedimentos que gerem aerossolização de secreções respiratórias como intubação, aspiração de vias aéreas ou indução de escarro, deverá ser utilizado precaução por aerossóis, com uso de máscara N95.

Confira o passo a passo de como lavar as mãos de forma adequada

 

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