Você já deve ter visto o meme que tem agitado a quarentena dos brasileiros nas redes sociais e aplicativos de mensagens, não é? Bem, o viral em si trata-se de seis dançarinos levando um caixão nos ombros e, pasmem, coreografando com uma perfeita sincronia. Geralmente, o vídeo é inserido em imagens que teriam um fim um pouco trágico, o famoso "fail". Por exemplo, alguém está andando na rua, tropeça e... aparecem os 'dançarinos do caixão'. Daí, o riso é certo. Mas você sabe quem são esses dançarinos e a origem do vídeo? Se não, não tem problema. O Jornal do Commercio vai te explicar tudinho nas próximas linhas. É só rolar a tela para baixo.
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A origem dos dançarinos do caixão é Gana, um país que fica no Golfo da Guiné, na África Ocidental. Nesta região, o funeral não é uma questão de tristeza, mas de festa, sendo um verdadeiro encontro social. Para quem deseja ter um funeral "animado", é só chamar o grupo que consegue transformar o momento do carregamento do caixão numa performance inusitada. Sim, aqueles homens são animadores profissionais e cobram por isso. Dependendo da importância da pessoa para a sociedade, a animação pode custar um valor de R$ 80 mil. As famílias em Gana podem escolher desde uma cerimônia solene e tradicional, com um pouco de teatro, a coreografias mais animadas. E o que para nós, na América Latina, parece ser bastante estranho, para eles é considerado como uma viagem dançante de volta ao seu criador. A música usada no ritual em Gana é 'Baila Conmigo', de Dayvi, Victor Cárdenas e Kelly Ruiz, beeeeeem diferente da original do meme 'Astronomia', de Tony Igy.
O vídeo dos dançarinos do caixão apareceu pela primeira vez no YouTube em 2015, quando uma usuária precisou viajar para Gana para assistir uma sessão fúnebre da sua sogra. "Eu testemunhei uma performance incrível! Os praticantes de dança profissionais homenagearam orgulhosamente 'a casa' da mãe com movimentos corporais de tirar o fôlego", publicou ela.
Com a animação, o velório se torna, além de uma despedida, uma celebração da vida do defunto. Os ganenses sempre deram muita importância pública aos enterros que, aos poucos, se transformam em acontecimentos de grande importância e de muito luxo.
Além dos dançarinos, os caixões podem ter formas variadas, como, por exemplo, eles podem ser em forma de pimenta, celulares, tênis, Mercedes-Benz e etc.