Mais de quatro bilhões de pessoas em quase 100 países ou territórios são forçadas ou incentivadas por suas autoridades a permanecerem confinadas em suas casas para combater a propagação da COVID-19 - aponta contagem feita pela AFP nesta terça-feira (7), com base em um banco de dados. Isso representa mais da metade (cerca de 52%) da população mundial, estimada pela ONU em 7,79 bilhões de pessoas em 2020.
A província chinesa de Hubei e sua capital Wuhan, berço da pandemia, foram as primeiras a serem confinadas, no final de janeiro. No momento em que esses territórios começam a reabrir suas fronteiras, suas medidas de contenção vêm-se espalhando pelo mundo desde meados de março.
Mais de 500 milhões de pessoas estavam confinadas em 18 de março; mais de um bilhão, em 23 de março; mais de dois bilhões, em 24 de março; e mais de três bilhões, em 25 de março. Nesta terça-feira, cerca de 4,06 bilhões de pessoas, em pelo menos 97 países e territórios, são chamadas a ficarem em casa. A maioria - pelo menos 2,86 bilhões de pessoas em 53 países e territórios - está sujeita a um confinamento obrigatório.
Nenhuma região do mundo está isenta: Europa (Reino Unido, França, Itália, Espanha...); Ásia (Índia, Nepal, Sri Lanka...); Oriente Médio (Iraque, Arábia Saudita, Jordânia, Líbano, Israel...); África (África do Sul, Marrocos, Zimbábue, Ruanda...); Américas (grande parte dos Estados Unidos, Colômbia, Argentina, Peru, Bolívia....); ou Oceania (Nova Zelândia). Na maioria dos casos, ainda é possível deixar sua casa para trabalhar, comprar itens básicos, ou cuidar da saúde.
Outros territórios (pelo menos 13 com 669 milhões de habitantes) pedem que sua população fique em casa, sem, no entanto, tomar medidas coercitivas. Este é particularmente o caso do México, dos principais estados brasileiros, do Irã, Turquia, Alemanha, Uganda e Canadá. Sete regiões japonesas, incluindo Tóquio e seus subúrbios, entraram nesta lista nesta terça-feira.
Pelo menos 24 nações ou territórios (aproximadamente 495 milhões de habitantes) implementaram toques de recolher, proibindo os deslocamentos à noite. Este método é muito difundido na África (Egito, Quênia, Costa do Marfim, Burkina Faso, Mali, Senegal, Guiné, Togo, Serra Leoa, Mauritânia, Gabão) e na América Latina (Chile, Guatemala, Equador, República Dominicana, Panamá e Porto Rico). Também foi adotado em outras partes do mundo, como Tailândia, Síria, Sérvia e Kuwait.
Finalmente, pelo menos sete países colocaram suas principais cidades em quarentena, com proibições de entrar e sair delas. É o caso de Kinshasa (RDC), Helsinque (Finlândia) e até Baku (Azerbaijão). As aglomerações em questão têm um total superior a 30 milhões de habitantes.
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Coronavírus é uma família de vírus que causam infecções respiratórias. O novo agente do coronavírus foi descoberto em 31/12/19 após casos registrados na China.Os primeiros coronavírus humanos foram isolados pela primeira vez em 1937. No entanto, foi em 1965 que o vírus foi descrito como coronavírus, em decorrência do perfil na microscopia, parecendo uma coroa.
A maioria das pessoas se infecta com os coronavírus comuns ao longo da vida, sendo as crianças pequenas mais propensas a se infectarem com o tipo mais comum do vírus. Os coronavírus mais comuns que infectam humanos são o alpha coronavírus 229E e NL63 e beta coronavírus OC43, HKU1.
O Ministério da Saúde orienta cuidados básicos para reduzir o risco geral de contrair ou transmitir infecções respiratórias agudas, incluindo o coronavírus. Entre as medidas estão:
Para a realização de procedimentos que gerem aerossolização de secreções respiratórias como intubação, aspiração de vias aéreas ou indução de escarro, deverá ser utilizado precaução por aerossóis, com uso de máscara N95.