Em uma pesquisa realizada pelo Instituto Ipsos, terceira maior empresa de pesquisa e de inteligência de mercado do mundo, a população brasileira apareceu como a que mais tem expressado preocupação com os mais vulneráveis durante a pandemia do novo coronavírus. Cerca de 70% dos entrevistados no País assumiram que temem pelos mais debilitados em relação ao atual cenário de crise.
A sexta onda da pesquisa “Tracking the Coronavirus”, realizada semanalmente pela Ipsos com entrevistados de 16 países, apresenta o Brasil no topo do ranking de países onde a população mais tem se preocupado com a situação dos mais frágeis, seguido por Espanha e Reino Unido com 66% e México com 61%. Japão, China, Índia e Vietnã, com 23%, 30% e 50% respectivamente, apareceram como os países onde a população demonstrou menor preocupação com os mais vulneráveis.
O estudo aponta também que no Brasil, 57% dos entrevistados acreditam que neste período de quarentena social, devem ficar mais próximos de seus familiares e amigos. Embora isolados fisicamente, a Índia, o Vietnã e a China apostam que neste momento estarão mais próximos de seus entes queridos, como uma porcentagem de 72%, 70% e 67% respectivamente. Japão, com 19%, Coreia do Sul, com 32% e Alemanha, com 41%, por outro lado, são nações que não acreditam tanto que a pandemia seja consequência de aproximações interpessoais.
No Vietnã, 75% dos entrevistados planejam aproveitar o tempo livre e aprender algo novo durante a quarentena, assim como a índia, com 74% e o México com 64%. No Brasil, 60% dos ouvidos acredita que a quarentena é uma oportunidade de desenvolver novas habilidades. Já na Alemanha apenas 22% dos entrevistados pensam assim.
A pesquisa da Ipsos foi realizada entre 26 e 30 de março deste ano através da plataforma online Global Advisor. Foram ouvidos 28 mil adultos, de idades entre 16 e 74 anos, no Canadá, Estados Unidos, Austrália, Brasil, China, Espanha, França, Alemanha, Itália, Índia, Japão, México, Rússia, Coreia do Sul, Vietnã e Reino Unido.