O Peru está trabalhando em um exame molecular para diagnosticar a COVID-19 em menos de uma hora, informou nesta quinta-feira (7) o Ministério da Saúde (Minsa).
"O Instituto Nacional de Saúde (INS) criou um exame molecular para o diagnóstico da COVID-19, que dá resultados em menos de uma hora", informou o Minsa em um comunicado.
O biólogo geneticista do INS, Eduardo Juscamayta, criador do exame que está sendo estudado, explicou que este será desenvolvido e validado com o método RT-LAMP, que permite a detecção em alta quantidade de cópias de uma área específica do genoma do vírus.
A pesquisa vai durar três meses e permitirá identificar as infecções por coronavírus de forma visual, exata e rápida em centros de saúde com condições laboratoriais mínimas, explicou Juscamayta.
"Por ser um exame portátil, de fácil uso, não precisa de pessoal altamente especializado e será de muita utilidade para a gestão personalizada de cada paciente", explicou o especialista.
"O exame molecular proposto é rápido, funciona a temperatura constante em comparação com outros exames moleculares, que precisam de várias temperaturas", destacou.
"Possui alta sensibilidade, maior que a de outros métodos moleculares, razão pela qual este exame tem o potencial de diagnosticar não só pacientes com suspeita de COVID-19, mas também pacientes assintomáticos", explicou.
Para desenvolver a pesquisa e detectar de forma específica o vírus será feita a análise comparativa de vários genomas virais do Peru e de outras partes do mundo, segundo o Minsa.
O Peru está sob um regime de confinamento nacional desde 16 de março para conter o avanço do coronavírus, que soma 58.526 casos e mais de 1.627 mortes desde que foi detectado pela primeira vez no país, em 6 de março.
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Coronavírus é uma família de vírus que causam infecções respiratórias. O novo agente do coronavírus foi descoberto em 31/12/19 após casos registrados na China.Os primeiros coronavírus humanos foram isolados pela primeira vez em 1937. No entanto, foi em 1965 que o vírus foi descrito como coronavírus, em decorrência do perfil na microscopia, parecendo uma coroa.
A maioria das pessoas se infecta com os coronavírus comuns ao longo da vida, sendo as crianças pequenas mais propensas a se infectarem com o tipo mais comum do vírus. Os coronavírus mais comuns que infectam humanos são o alpha coronavírus 229E e NL63 e beta coronavírus OC43, HKU1.
O Ministério da Saúde orienta cuidados básicos para reduzir o risco geral de contrair ou transmitir infecções respiratórias agudas, incluindo o coronavírus. Entre as medidas estão:
Para a realização de procedimentos que gerem aerossolização de secreções respiratórias como intubação, aspiração de vias aéreas ou indução de escarro, deverá ser utilizado precaução por aerossóis, com uso de máscara N95.