TENSÃO

Crise na Ucrânia: EUA e Rússia retiram pessoal não essencial de Kiev e mais países recomendam saída de cidadãos

Estados Unidos e Rússia estão retirando os funcionários não essenciais de suas respectivas embaixadas em Kiev, devido à escalada da crise na Ucrânia, enquanto Alemanha e Bélgica seguiram a decisão de outros países e também recomendaram, neste sábado (12), a saída de seu cidadãos o mais rápido possível

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AFP

Publicado em 12/02/2022 às 11:11 | Atualizado em 12/02/2022 às 11:29
Presidente dos EUA, Joe Biden, e presidente da Rússia, Vladimir Putin - PAVEL GOLOVKIN, ERIC BARADAT / AFP / POOL

Estados Unidos e Rússia estão retirando os funcionários não essenciais de suas r espectivas embaixadas em Kiev, devido à escalada da crise na Ucrânia, enquanto Alemanha e Bélgica seguiram a decisão de outros países e também recomendaram, neste sábado (12), a saída de seu cidadãos o mais rápido possível.

 

O Departamento de Estado americano "ordenou a saída de funcionários da embaixada de Kiev que não atendem emergências", diante de uma "potencial ação militar russa importante" na fronteira, informou a embaixada no Twitter.

"Os cidadãos americanos na Ucrânia devem estar cientes do fato de que o governo não poderá retirá-los" no caso de uma ofensiva russa, que pode "começar a qualquer momento e sem aviso", acrescentou a mesma fonte em sua página online.

Na sexta-feira (11), os Estados Unidos já tinham recomendado a seus cidadãos que deixem a Ucrânia o mais rápido possível, um apelo também feito, na sequência, por outros países, como Reino Unido, Holanda, Canadá e Japão.

Assim como os EUA, a Rússia começou a reduzir sua presença diplomática na Ucrânia, justificando essa decisão por medo de "provocações" por parte das autoridades de Kiev, ou de um "terceiro país".

"Temendo as possíveis provocações do regime de Kiev, ou de terceiros países, decidimos, de fato, uma certa otimização do pessoal das representações russas na Ucrânia", disse a porta-voz da diplomacia russa em um comunicado divulgado neste sábado, respondendo a jornalistas sobre a redução de sua presença no país vizinho.

Também hoje, a Alemanha recomendou a seus cidadãos, cuja presença não seja "imperativa" na Ucrânia, a deixarem o país em um "curto prazo", já que não se descarta um conflito militar, afirmou seu Ministério das Relações Exteriores.

"As tensões entre a Rússia e a Ucrânia continuaram se intensificando nos últimos dias, devido à presença e ao movimento em massa de unidades militares russas perto das fronteiras ucranianas", afirmou o ministério.

"Não se exclui que haja um conflito militar", insistiu.

O anúncio da Alemanha foi feito após anúncio similar do governo belga, que aconselhou seus cidadãos a saírem da Ucrânia, assim como a evitarem viagens para este país, anunciou o Ministério das Relações Exteriores neste sábado.

"Cidadãos que estão na Ucrânia, cuja presença não seja absolutamente necessária, são aconselhados a deixar o país", disse o ministério belga em seu site, também recomendando que não se viaje para a Ucrânia.

"Se a situação se agravar, não está garantida uma retirada da Ucrânia. Por isso, recomenda-se sair do país, enquanto é possível", aconselharam as autoridades belgas, afirmando que a situação atual é "extremamente imprevisível".

Outros países da União Europeia (UE), como Estônia e Lituânia, também recomendaram a seus compatriotas que deixem esta ex-república soviética.

As instituições da UE recomendaram ao pessoal não essencial de sua representação em Kiev que abandone a Ucrânia e trabalhe de forma remota de outros locais.

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