Da AFP
É um tipo de planta rolante do deserto? Uma linha de pesca? Ou espaguete?
O Perseverance, o robô da Nasa (agência espacial dos Estados Unidos) que explora Marte, descobriu um objeto que tem intrigado os observadores do espaço e, inclusive, provocou comentários irônicos que questionam a qualidade deste "prato" da culinária italiana na superfície do planeta vermelho.
Contudo, para além das suposições "criativas" dos observadores, a explicação mais plausível é que se trata dos restos de um componente utilizado para pousar o explorador robótico na superfície de Marte em fevereiro de 2021.
"Estivemos discutindo de onde veio, mas especula-se que seja um pedaço de corda do para-quedas ou do sistema de pouso que leva o robô ao solo", disse à AFP um porta-voz de um laboratório da Nasa.
"É preciso ter em conta que não está confirmado que seja uma coisa ou outra", acrescentou.
Os destroços foram detectados pela primeira vez em 12 de julho, através da câmera de prevenção de riscos situada na parte frontal esquerda do rover.
Quatro dias depois, quando o Perseverance retornou ao mesmo lugar, os objetos já não estavam mais lá.
Provavelmente, o vento os arrastou, como já havia acontecido com um pedaço de manta térmica avistado no mês passado, que pode ter saído do sistema de pouso propulsado por foguetes.
O acúmulo de "lixo" do Perseverance é considerado um pequeno preço a se pagar pelos objetivos científicos do robô: buscar sinais biológicos de antigas formas de vida microbiana.
Além disso, algum dia esses objetos poderão se transformar em valiosos artefatos para os futuros colonos de Marte.
"Dentro de cem anos, mais ou menos, os marcianos reunirão com entusiasmo todo este material para expor em museus ou transformá-los em 'tesouros históricos'", tuitou o "astrônomo amador" Stuart Atkinson.
A Artemis 1, primeira missão não tripulada do programa americano de retorno à Lua, deverá decolar a partir de 29 de agosto, anunciou nesta quarta-feira (20) a Nasa.
Assim, a nave fará o primeiro de uma série de voos com os quais os Estados Unidos pretendem voltar à Lua com uma tripulação humana, estabelecer naquele local uma presença sustentada e utilizar as experiências obtidas para planejar uma viagem a Marte em algum momento da década de 2030.
O responsável da Nasa Jim Free declarou que a primeira janela de possíveis datas de lançamento para o gigantesco Sistema de Lançamento Espacial (SLS, sigla em inglês) e a cápsula acoplada Orion consiste nos dias 29 de agosto, 2 de setembro e 5 de setembro.
Os últimos testes realizados em junho alcançaram 90% das metas e, nesta quarta, Cliff Lanham, responsável da divisão de veículos espaciais, disse que os engenheiros solucionaram falhas que causavam perda de hidrogênio no sistema de lançamento.
A Artemis 1 viajará ao redor da face oculta da Lua, em uma missão que irá durar entre quatro e seis semanas, mais do que qualquer espaçonave tripulada já fez sem acoplar. Depois, voltará à Terra mais rapidamente e será submetida a mais calor do que todas as naves anteriores. Também posicionará pequenos satélites, denominados CubeSats ,destinados a desenvolver experimentos espaciais.
"Nosso primeiro e principal objetivo é expor o escudo térmico da Orion às condições de recuperação lunar", disse Mike Sarafin, chefe da missão. Em seu retorno, a cápsula viajará a cerca de 39.400 km/h e experimentará temperaturas com cerca de metade do calor do Sol.
O segundo objetivo é verificar a solvência do voo do foguete e da cápsula durante a missão. Por fim, a Nasa tentará recuperar a Orion após a sua amerissagem, para, depois, revisá-la a fundo.
O próximo voo será o Artemis 2, que será tripulado, mas os astronautas não sairão da nave. Por sua vez, a Artemis 3 levará posteriormente a primeira mulher e a primeira pessoa negra ao solo lunar.