Moscou iniciou a mobilização de tropas adicionais nessa quinta-feira (22) para reforçar a ofensiva na Ucrânia, depois que as autoridades anunciaram que milhares de pessoas se voluntariaram, e apesar dos muitos russos que fogem do país para não serem obrigados a lutar.
Em imagens divulgadas nas redes sociais, depois de o presidente Vladimir Putin ordenar no dia anterior a mobilização dos reservistas, foi possível ver centenas de cidadãos russos respondendo à convocação militar.
A convocação dos reservistas acontece após duras derrotas em setembro sofridas pelas forças russas, resultado de uma contraofensiva ucraniana no nordeste e no leste do país. Também coincide com a organização de referendos de anexação em territórios ocupados por Moscou.
O exército russo informou nessa quinta-feira que cerca de 10.000 pessoas se apresentaram voluntariamente nas últimas 24 horas para lutar na Ucrânia.
Em discurso aos russos na véspera, Putin ordenou a mobilização parcial de reservistas e disse estar disposto a usar "todos os meios" em seu arsenal contra o Ocidente, a quem acusa de querer "destruir" a Rússia.
O secretário de Estado americano, Antony Blinken, pediu à comunidade internacional que faça o líder russo prestar contas por seus atos, durante uma reunião do Conselho de Segurança da ONU sobre os abusos na Ucrânia.
O chanceler russo, Serguei Lavrov, rejeitou as acusações e pediu uma punição mais severa para o governo de Kiev, apoiado pelo Ocidente.
Este embate diplomático coincide com os "referendos" que, de sexta a terça, serão realizados em quatro regiões ucranianas sob controle total ou parcial de Moscou para serem anexadas pela Rússia.
Apesar da indignação do Ocidente, os referendos estão confirmados.