Da AFP
Uma conta do Twitter que divulgava os voos do jato particular de Elon Musk informou nesta quarta-feira (14) que foi suspensa pela plataforma, apesar da promessa do empresário de não tocá-la em nome da liberdade de expressão.
"Bem, parece que @ElonJet está suspensa", tuitou seu criador, o estudante Jack Sweeney, em sua conta pessoal @JxckSweeney.
Com cerca de 500 mil seguidores, o perfil @ElonJet usava dados públicos para indicar automaticamente quando e onde decolava e aterrissava a aeronave de Musk, também chefe das empresas SpaceX e Tesla.
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O bilionário havia dito publicamente que não mexeria nessa conta depois de adquirir o Twitter, compra concretizada no fim de outubro por 44 bilhões de dólares.
"Meu compromisso com a liberdade de expressão se estende inclusive a não proibir a conta que segue meu avião, ainda que isso seja um risco direto para minha segurança pessoal", afirmou no início de novembro.
A conta pessoal de Sweeney segue, porém, acessível e indica como encontrar informações sobre o jato de Musk em outras redes sociais, como Instagram, Facebook e Mastodon.
Sites de acompanhamento de voos e diversas contas do Twitter oferecem dados em tempo real do tráfego aéreo.
Descobrir ou confirmar a quem pertence realmente uma aeronave pode requerer um pouco de investigação, disse Sweeney, que apresentou uma solicitação de registros públicos ao governo americano para confirmar a propriedade de Musk.
A suspensão do perfil ocorre um dia após o cofundador e ex-CEO do Twitter, Jack Dorsey, defender publicamente os funcionários da empresa de tecnologia, criticados pelo bilionário por decisões relacionadas à moderação de conteúdo.
"Acredito firmemente que qualquer conteúdo produzido por alguém para a internet deve ser permanente até que o autor original escolha deletá-lo", escreveu Dorsey.
Desde que assumiu o Twitter, Musk enviou mensagens contraditórias sobre o que está autorizado ou não na plataforma. Restaurou contas antes suspensas pela rede, incluindo a do ex-presidente dos EUA, Donald Trump.
Mas também cancelou a página do rapper Kanye West após a publicação de mensagens consideradas antissemitas. E rejeitou o retorno de Alex Jones, condenado a pagar uma indenização de 1,5 bilhão de dólares por desacreditar o massacre da escola Sandy Hook em 2012.