Guerra

Ao menos 63 soldados russos morrem em ataque no leste da Ucrânia

No domingo, meios de comunicação russos e ucranianos noticiaram um ataque durante o Ano Novo

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AFP

Publicado em 02/01/2023 às 13:03 | Atualizado em 02/01/2023 às 13:04
Segue conflito intenso na Ucrânia - Genya SAVILOV / AFP

Pelo menos 63 militares russos foram mortos em um ataque das tropas ucranianas na cidade de Makiivka, no leste da Ucrânia — anunciou o Ministério da Defesa da Rússia nesta segunda-feira (2), sem especificar a data em que isso ocorreu.

De acordo com o porta-voz do Ministério russo Igor Konashenkov, "quatro mísseis incendiários" atingiram um centro de mobilização temporária do Exército russo em Makiivka, uma localidade ocupada pelos russos na região leste de Donetsk.

O Exército russo - que raramente divulga suas baixas - nunca relatou tantas mortes entre suas tropas em um único ataque.

O Ministério russo informou que se tratou de um ataque com lançadores de foguetes HIMARS, um tipo de arma entregue pelos Estados Unidos à Ucrânia, e afirmou que suas forças derrubaram dois dos seis mísseis.

"Toda a assistência e apoio está sendo dado às famílias e entes queridos dos militares mortos", acrescentou o porta-voz.

No domingo, meios de comunicação russos e ucranianos noticiaram um ataque em Makiivka ocorrido na noite de sábado, durante o Ano Novo.

Ataque

O ataque ocorreu devido "ao uso pelos militares que acabavam de chegar de seus telefones celulares", o que permitiu ao Exército ucraniano rastreá-los por geolocalização, informou uma fonte anônima das autoridades separatistas de Donetsk.

Sem assumir a responsabilidade pelo ataque, os militares ucranianos anunciaram que o balanço de soldados russos mortos em Makiivka era muito superior.

Ano novo

A capital da Ucrânia sofreu novos ataques aéreos nesta segunda-feira (2), após um fim de semana de Ano Novo marcado por bombardeios russos que deixaram pelo menos cinco mortos.

Mísseis e drones de fabricação iraniana foram lançados contra a capital e outras cidades no sábado (31), matando quatro pessoas, enquanto outra foi morta no domingo (1º) na região sul de Zaporizhzhia.

Nesta segunda, aos primeiros sinais de novo ataque, a administração militar de Kiev ordenou que os moradores fossem para abrigos.

O "sistema de defesa aérea está funcionando (...) Varandas e janelas de edifícios sofreram danos no bairro de Desnyansi", informou Seguei Popko, responsável administrativo, no Telegram.

"Os russos lançaram várias ondas de drones Shahed", comentou Oelski Kuleba, chefe da região administrativa militar de Kiev, referindo-se aos drones fabricados no Irã.

"Visaram a instalações de infraestrutura crítica", acrescentou.

A operadora de energia Ukrenergo informou que o fornecimento de luz em Kiev "está mais complicado". "É por isso que agora há cortes de energia", anunciou nas redes sociais.

Quase três horas depois, a capital e a região vizinha suspenderam o alerta aéreo.

"Vinte alvos aéreos foram abatidos", informou a administração militar da cidade.

O prefeito de Kiev, Vitali Klitschko, relatou uma explosão nesta segunda-feira no bairro de Desnyanski, onde "um homem de 19 anos foi hospitalizado". Mais tarde, as autoridades informaram que o jovem foi ferido por vidro que caiu de um prédio.

Os ataques russos do Ano Novo visaram a áreas centrais de grandes cidades, segundo Mikhailo Podoliak, assessor do presidente Volodimir Zelensky.

"A Rússia não tem mais alvos militares e tenta matar o maior número possível de civis e destruir instalações civis", tuitou.

Além dos quatro mortos, dezenas de pessoas ficaram feridas, acrescentaram as fontes.

Na Rússia, as autoridades informaram que um drone ucraniano atingiu uma instalação de energia na região de Briansk, na fronteira com a Ucrânia.

O governador regional, Alexander Bogomaz, relatou no Telegram que o ataque deixou a cidade sem luz.

Autoridades de outra região informaram que um drone de reconhecimento ucraniano foi abatido perto da cidade de Voronezh, a cerca de 180 quilômetros da fronteira.

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