PROTESTOS NO PERU

Governo do Peru decreta toque de recolher em Puno após 18 mortes em protestos

Puno, no sul do país, virou epicentro dos protestos violentos contra a presidente Dina Boluarte

Cadastrado por

Lucas Moraes

Publicado em 10/01/2023 às 16:42
A Defensoria do Povo reportou manifestações, paralisações e bloqueios em 30 das 195 províncias peruanas - Diego Ramos / AFP

AFP

O governo peruano decretou, nesta terça-feira (10), um toque de recolher na região andina de Puno, no sul do país, epicentro dos protestos violentos contra a presidente Dina Boluarte, que deixaram 18 mortos desde a segunda-feira (9), anunciou o chefe de gabinete, Alberto Otárola.

"Foi aprovado no Conselho de ministros um decreto supremo que declara imobilização social em Puno pelo prazo de três dias, das 20h às 04h da manhã", anunciou perante o plenário do Congresso.

SITUAÇÃO DO PERU

Puno, região aimara peruana na fronteira com a Bolívia, tornou-se epicentro dos protestos, com uma paralisação por tempo indeterminado desde 4 de janeiro. De lá, organiza-se uma marcha até a capital, Lima, que deve começar a chegar no dia 12, segundo convocações de diferentes coletivos sociais, que reúnem sobretudo camponeses.

O Peru proibiu, na segunda-feira (9), a entrada do ex-presidente boliviano Evo Morales em seu território por "intervir" nos assuntos de política interna do país, que vive uma grave crise institucional e política marcada por manifestações em várias regiões do sul.

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"Foi decretado o registro de impedimento de entrada no país, através de todos os postos de controle migratório, de nove cidadãos de nacionalidade boliviana, entre os quais se inclui o senhor Juan Evo Morales Ayma", anunciou o Ministério do Interior, referindo-se ao ex-líder político que vem expressando seu apoio aos protestos contra o governo da atual presidente, Dina Boluarte.

O anúncio coincidiu com novos protestos e bloqueios de vias em seis das 25 regiões do país, onde manifestantes reivindicam a renúncia de Boluarte, a convocação de uma Assembleia Constituinte e a libertação do presidente deposto, Pedro Castillo.

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