Numa mesma semana onde o submarino com cinco tripulantes implodiu no Oceano Atlântico, um barco que levava 750 migrantes do Egito para a Itália naufragou na costa grega.
O acidente já é considerado pelas autoridades gregas como uma das maiores tragédias da história do Mediterrâneo Central.
O QUE ACONTECEU COM AS PESSOAS?
Até o momento, o que se sabe é que de todas as pessoas que estavam embarcadas, apenas 104 foram resgatadas: 47 sírios, 43 egípcios, 12 paquistaneses e 2 palestinos.
Não há um número certo de pessoas desaparecidas, mas com o passar do tempo, as equipes de busca já não esperam encontrar mais pessoas com vida.
Segundo informações do O Globo, 80 corpos já foram encontrados. Ainda de acordo com o jornal, mulheres e crianças presentes eram vítimas de suposto tráfico humano.
"Os traficantes de pessoas são sempre os primeiros a saber quando algo está dando errado e geralmente são os primeiros a correr para se salvar", disse uma fonte do Ministério da Marinha grega ao O Globo.
PUNIÇÃO
Na Grécia, a punição para quem realiza tráfico de pessoas é de 10 anos de prisão e mais 10 por cada passageiro.
Caso seja confirmada a presença das 750 pessoas a bordo, a pena passa de 3 mil anos de prisão.
ONU PEDE INVESTIGAÇÃO
Após dois dias do naufrágio, Volker Turk, Alto Comissãrio da ONU (Organização das Nações Unidas) solicitou que haja uma investigação sobre o naufrágio.
Segundo ele, a tragédia só reforça os casos entre traficantes e contrabandistas de humanos nas localidades.
Também foi solicitado que os países abram mais rotas de migração regular e que garantam formas seguras das pessoas desembarcarem após serem resgatadas no mar.