O motim do grupo Wagner é uma demonstração da "fragilidade" da Rússia, mergulhada "no mal e no caos", avaliou, neste sábado (24), o presidente ucraniano, Volodimir Zelensky, segundo quem seu país está protegendo o resto da Europa.
"A fragilidade da Rússia é evidente. Uma fragilidade total", destacou Zelensky nas redes sociais, avaliando ser "evidente que a Ucrânia é capaz de proteger a Europa de uma contaminação do mal e do caos russos".
Em sua primeira reação aos acontecimentos na Rússia, o presidente ucraniano afirmou que "quem escolhe o caminho do mal, se autodestrói", referindo-se ao seu contraparte russo, Vladimir Putin.
Segundo Zelensky, Putin "envia centenas de milhares de pessoas para a guerra para finalmente se entrincheirar na região de Moscou e se proteger dos que ele mesmo armou".
"A Rússia tem usado a propaganda para ocultar sua fragilidade e a estupidez de seu governo. E, agora, o caos é tal que ninguém pode mentir a esse respeito", acrescentou.
O presidente russo, Vladimir Putin, falou por telefone, neste sábado (24), com seus aliados bielorrusso e cazaque para informá-los sobre a situação.
Tratam-se dos primeiros contatos internacionais de Putin desde o começo desta rebelião iniciada na noite de sexta-feira pelo líder do grupo Wagner, Yevgueni Prigozhin.
"O presidente russo telefonou esta manhã para o presidente bielorrusso", Alexander Lukashenko, para informá-lo "da situação na Rússia", reportou a agência de notícias bielorrussa Belta.
Depois, o líder do Kremlin falou por telefone com seu contraparte cazaque, Kasym-Jomart Tokayev, cujo país também é aliado da Rússia no âmbito da Organização do Tratado de Segurança Coletiva (OTSC), uma aliança militar liderada por Moscou, informou o serviço de imprensa da Presidência do Cazaquistão em nota.
"Vladimir Putin informou (o presidente cazaque) sobre a situação em seu país" e lhe "agradeceu por sua compreensão", segundo a mesma fonte.