A presidente do Conselho Nacional Eleitoral (CNE) do Equador, Diana Atamaint, admitiu que durante as eleições gerais antecipadas deste domingo (20) houve "dificuldades" na votação eletrônica habilitada para os eleitores que vivem no exterior.
"O CNE reconhece as dificuldades que surgiram na votação eletrônica, principalmente na Europa, Ásia e Oceania", disse Atamaint em uma avaliação sobre o desenvolvimento do dia de votação, no qual um presidente e 137 deputados estão sendo eleitos.
Ela acrescentou que "as dificuldades foram superadas", sem especificar a razão para a falha.
A chefe de observadores da OEA, vice-presidente e chanceler do Panamá, Isabel de Saint Malo, disse à imprensa que tem recebido "informações e alertas para o Conselho Nacional Eleitoral, por exemplo, sobre alguns problemas que surgiram com a votação eletrônica".
Aproximadamente 13,4 milhões dos 18,3 milhões de equatorianos foram convocados para a votação obrigatória neste domingo, em um dia marcado pela violência ligada ao narcotráfico e pelo assassinato do candidato presidencial Fernando Villavicencio há onze dias.
Do total de cidadãos convocados para as urnas, cerca de 120.000 se inscreveram para votar no exterior.
Através das redes sociais, os equatorianos apresentaram reclamações ao se verem impossibilitados de votar devido a um erro no sistema, e alguns alegam que o sistema foi hackeado.
Sobre isso, o CNE afirmou na rede social X, antigo Twitter, que "as tentativas de acesso ilegítimo à plataforma foram bloqueadas e NÃO há relatos de incidentes".
Junto com as eleições gerais, os equatorianos também estão votando em um referendo histórico para impedir a exploração de petróleo em uma parte do parque nacional amazônico Yasuní, em um momento em que o mundo busca reduzir os combustíveis fósseis e combater as mudanças climáticas.