O líder do Grupo Wagner, Yevgeny Prigozhin, constava na relação de passageiros da aeronave que sofreu um acidente nesta quarta-feira (23) na Rússia, conforme a agência de notícias Tass, vinculada ao governo russo.
O Grupo Wagner é uma organização paramilitar privada com sólidas conexões com o Kremlin, contando com mercenários que foram empregados por Putin durante o conflito na Ucrânia.
No mês de junho, o Grupo Wagner iniciou uma campanha com o intuito de depor o ministro da Defesa russo. A contenda teve início quando Prigozhin acusou o governo russo de promover um ataque contra acampamentos da organização.
Na ocasião, o líder do grupo ameaçou retaliações, o que provocou o início de uma investigação por parte do procurador-geral da Rússia, que alegou "suspeita de conspiração armada" contra Prigozhin.
O que é o Grupo?
O Grupo Wagner foi fundado em 2014 e é constituído por mercenários. Eram ex-soldados de elite altamente qualificados sob a liderança de Yevgeny Prigozhin, um oligarca associado ao Kremlin, que pode estar entre as vítimas do acidente aéreo.
Acredita-se que Prigozhin expandiu o Grupo Wagner, recrutando prisioneiros, cidadãos russos e estrangeiros. Estima-se que o grupo possua mais de 20 mil combatentes atuando na Ucrânia. Devido à sua ligação com o Kremlin, a organização esteve envolvida em uma variedade de tarefas em conflitos e guerras civis.
Uma das primeiras missões do Grupo Wagner foi na península da Crimeia, quando mercenários vestindo uniformes sem identificação auxiliaram forças separatistas apoiadas pela Rússia na conquista da região. A empresa paramilitar foi alvo de sanções por parte dos Estados Unidos, Reino Unido e União Europeia (UE).
A partir de fevereiro de 2022, durante a invasão da Ucrânia pela Rússia, o governo Putin empregou os mercenários no conflito. Ao longo do tempo, eles passaram a participar de batalhas significativas, como em cidades como Bakhmut.
O Grupo Wagner também atuou na África, visando garantir a segurança de empresas de mineração russas. Além disso, há relatos sobre a presença de combatentes do Grupo Wagner na Síria.