Grupo Wagner

O QUE é o GRUPO WAGNER? Conheça a história do grupo de mercernários que já ameaçou PUTIN

O Grupo Wagner é uma organização paramilitar privada com sólidas conexões com o Kremlin, contando com mercenários que foram empregados por Putin durante o conflito na Ucrânia.

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Lorena Lins

Publicado em 23/08/2023 às 15:59 | Atualizado em 23/08/2023 às 16:29
Yevgeny Prigozhin, chefe do Grupo Wagner - AFP

O líder do Grupo Wagner, Yevgeny Prigozhin, constava na relação de passageiros da aeronave que sofreu um acidente nesta quarta-feira (23) na Rússia, conforme a agência de notícias Tass, vinculada ao governo russo.

O Grupo Wagner é uma organização paramilitar privada com sólidas conexões com o Kremlin, contando com mercenários que foram empregados por Putin durante o conflito na Ucrânia.

No mês de junho, o Grupo Wagner iniciou uma campanha com o intuito de depor o ministro da Defesa russo. A contenda teve início quando Prigozhin acusou o governo russo de promover um ataque contra acampamentos da organização.

Na ocasião, o líder do grupo ameaçou retaliações, o que provocou o início de uma investigação por parte do procurador-geral da Rússia, que alegou "suspeita de conspiração armada" contra Prigozhin.

O que é o Grupo?

O Grupo Wagner foi fundado em 2014 e é constituído por mercenários. Eram ex-soldados de elite altamente qualificados sob a liderança de Yevgeny Prigozhin, um oligarca associado ao Kremlin, que pode estar entre as vítimas do acidente aéreo.

Acredita-se que Prigozhin expandiu o Grupo Wagner, recrutando prisioneiros, cidadãos russos e estrangeiros. Estima-se que o grupo possua mais de 20 mil combatentes atuando na Ucrânia. Devido à sua ligação com o Kremlin, a organização esteve envolvida em uma variedade de tarefas em conflitos e guerras civis.

Uma das primeiras missões do Grupo Wagner foi na península da Crimeia, quando mercenários vestindo uniformes sem identificação auxiliaram forças separatistas apoiadas pela Rússia na conquista da região. A empresa paramilitar foi alvo de sanções por parte dos Estados Unidos, Reino Unido e União Europeia (UE).

A partir de fevereiro de 2022, durante a invasão da Ucrânia pela Rússia, o governo Putin empregou os mercenários no conflito. Ao longo do tempo, eles passaram a participar de batalhas significativas, como em cidades como Bakhmut.

O Grupo Wagner também atuou na África, visando garantir a segurança de empresas de mineração russas. Além disso, há relatos sobre a presença de combatentes do Grupo Wagner na Síria.

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