O presidente Luiz Inácio Lula da Silva acusou ontem Israel de "punição coletiva" na Faixa de Gaza. Em viagem a São Vicente e Granadinas para a cúpula da Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos (Celac), ele propôs uma moção do bloco pelo "fim imediato do genocídio".
'PUNIÇÃO COLETIVA'
"A tragédia em Gaza requer de todos nós a capacidade de dizer um basta para a punição coletiva que o governo de Israel impõe ao povo palestino. As pessoas estão morrendo na fila para obter comida. A indiferença da comunidade internacional é chocante", disse.
MOÇÃO JUNTO À ONU
O presidente aproveitou a presença do secretário-geral da ONU, António Guterres, para propor uma moção da Celac pelo "fim do genocídio". Crítico do poder de veto no Conselho de Segurança da ONU, Lula também pediu aos cinco membros permanentes que "deixem de lado as diferenças" e ponham fim à "matança".
Mais cedo, o Brasil subiu o tom contra o premiê de Israel, Binyamin Netanyahu, pela morte de palestinos que esperavam para receber ajuda. "O governo de Netanyahu volta a mostrar, por ações e declarações, que a ação militar em Gaza não tem qualquer limite ético ou legal", afirmou o Itamaraty, em nota.