Em ritmo de expansão desde as últimas eleições europeias, há cinco anos, partidos de direita e extrema direita buscam aumentar seu espaço no Parlamento Europeu a partir do pleito que escolherá os novos representantes na bancada do bloco, que acontece entre os dias 6 e 9 de junho.
Pesquisas como a do centro de estudos Bruegel apontam que o movimento dos partidos de direita é para buscar coalizões governamentais que aumentem a participação desses grupos entre os 720 representantes que serão eleitos.
Diretora do Bruegel, Maria Demertzis indica que haverá, sim, uma tendência de crescimento da extrema direita e é preciso analisar os números consolidados após a apuração da votação. "Os números importarão após a votação porque pode ser que um dos possíveis resultados seja que a extrema-direita, na verdade, se torne o segundo maior partido. Se for esse o caso, então é interessante ver como e quem governará", afirmou.
A presidente da Comissão Europeia, a alemã Ursula von der Leyen, questionou a atuação de partidos alinhados à direita após a formação do Parlamento Europeu e disse que vê a primeira-ministra italiana, Giorgia Meloni, como um nome pronto para comandar esse movimento.
Von der Leyen ainda vive a expectativa de encontrar uma coalizão que lhe dê 361 dos 720 votos para se manter por mais cinco anos na posição de chefe da Comissão Europeia.
A votação deste ano volta a ganhar relevância entre a população, atenta às possíveis mudanças com o novo Parlamento, e a expectativa da própria União Europeia é que o índice de votação chegue a 71%, que seria um avanço massivo comparado aos 50% de participação eleitoral no pleito de 2019.