O poder das pequenas teles

No estado de Pernambuco, 59,2% dos acessos de banda larga fixa são feitos a partir de operadoras regionais. Em todo o Brasil, 94% desses provedores oferecem conectividade por meio de banda larga das redes de fibra óptica
LUIZ HENRIQUE BARBOSA
Publicado em 14/02/2023 às 0:00
Os provedores regionais representam possiblidades para seus clientes Foto: PIXABAY


As prestadoras de pequeno porte (PPPs), também chamadas de provedores regionais, são responsáveis por alavancar a geração de empregos no Nordeste. Essas empresas investem nos municípios menores, levando conectividade e postos de trabalho para localidades em que as grandes redes não chegam, contribuindo para o desenvolvimento regional.

No estado de Pernambuco, 59,2% dos acessos de banda larga fixa são feitos a partir de operadoras regionais. Em todo o Brasil, 94% desses provedores oferecem conectividade por meio de banda larga das redes de fibra óptica. O Congresso Nacional já deliberou os serviços de telecomunicações como essenciais, tal qual saúde e educação, por exemplo.

A Associação Brasileira das Prestadoras de Serviços de Telecomunicações Competitivas (TelComp) reúne mais de 70 associadas em todo o Brasil com o objetivo de fomentar esse mercado, destacando a importância dos provedores de menor porte para a economia do país.

O impacto das telecomunicações é importante para a economia. Cerca de 35,7 mil pessoas trabalham no setor de telecomunicações em Pernambuco. O setor gera empregos qualificados e, consequentemente, com remuneração mais alta. No estado de Pernambuco, a renda per capita é de R$ 829, segundo o IBGE, abaixo do valor do salário-mínimo. Enquanto isso, o salário médio de um profissional de telecomunicações é de R$ 4.237. Em alguns cargos de tecnologia, os salários médios são de R$ 7.086.

Os provedores regionais representam possiblidades para seus clientes. É a oportunidade que um comerciante tem de gerir seu pequeno negócio ou de uma família ter acesso à internet para os filhos estudarem. Os pequenos empreendedores podem oferecer seus produtos e serviços por meio das redes sociais.

Essa alta qualificação necessária aos empregos do setor se refletem nos serviços oferecidos. Muitos provedores já estão indo além da oferta de conectividade, agregando serviços como nuvem e cibersegurança. É um mercado que cresce a cada ano e se torna cada vez mais exigente, seja pelas demandas dos usuários ou por novas oportunidades de negócios. Estar preparado para atender esse público é um dos desafios que os empresários devem ficar atentos.

Dados como esses mostram a força que as telecomunicações têm no país, não apenas como inclusão social, mas como alavancador da melhoria de qualidade de vida, de oportunidade de qualificação e renda.

Luiz Henrique Barbosa, presidente executivo da TelComp

 

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