MOSAICO 1: Um primeiro, de grande relevância, foi a posse dos novos membros do Conselho Nacional de Turismo (CNT), ocorrida no dia 16/12. O órgão responsável pelo assessoramento técnico do Ministério do Turismo auxilia na definição e na implementação de políticas públicas. A nova composição resulta de um processo seletivo que buscou ampliar a participação de organizações da sociedade civil, a fim de qualificar o planejamento de ações. Na ocasião, foram criadas duas novas câmaras permanentes: incentivo ao turismo em comunidades negras, indígenas e comunidades tradicionais, e de segurança turística. Alvíssaras, portanto, à investidura dos componentes desse colegiado importante.
Uma novidade é a participação, agora na condição de membros permanentes, da Confederação Nacional de Municípios (CNM) e da Associação Nacional dos Secretários Municipais, numa demonstração cabal do quanto a inclusão dos municípios é importante à consecução de medidas vitais às atividades republicanas, haja vista o fato inarredável de que o turismo é uma atividade eminentemente municipalista. “Do global ao municipal.”
MOSAICO 2: Notícia alvissareira: em novembro deste ano, o setor de viagens corporativas superou em 30% o registrado na pré-pandemia (2019), acumulando um faturamento de R$ 1,23 bilhão. O valor é também 16,42% maior em relação a novembro do ano passado. Os dados são do levantamento feito pela Associação Brasileira de Agências de Viagens Corporativas (Abracorp). Para 2023, a entidade prevê um rendimento total de R$ 13 bilhões.
MOSAICO 3: A retomada do Salão do Turismo realmente foi uma grande vitória, graças a Milton Zuanazzi, secretário de Planejamento, Sustentabilidade e Competitividade do Ministério do Turismo, considerado o pai deste evento, criado por ele no tempo do ministro Walfrido dos Mares Guia, desde então um grande sucesso. Zuanazzi e equipe venceram as dificuldades em 32 dias ao realizar um evento dessa magnitude, e que resultou, novamente, em um grande sucesso. Exitoso – diga-se alto e em bom tom –, não tanto pelo evento em si, mas pelo movimento gerado. O movimento foi muito maior do que o evento. Primeiro, porque vieram os 27 estados, também, das 323 regiões turísticas brasileiras, vieram 302. Ou seja, um volume de gente do Brasil afora, de todos os estados presentes e proativos. Entendo que a retomada do ambiente da regionalização, com a presença dessas instâncias de governanças regionais, assim que elas têm esse nome, IGRs, foi um ponto máximo para uma política pública.
O resgate do Salão, 12 anos depois, foi um acontecimento marcante e encantador, notadamente pelo cometimento que a todos fascinou, seja pelas belezas naturais exibidas em vídeos, seja pela cultura rica e diversificada do nosso País. Não que as pessoas não o conheçam, muitos conhecem o Brasil por inteiro, mas nunca se contemplou o Brasil, como um todo, no mesmo lugar. Então, ao mesmo tempo que desfilava o boi de Parintins, está passando uma bandinha alemã de Blumenau, está dançando uma quadrilha, um terno de reis, tocando um frevo, um batuque baiano, até um trio elétrico pequeno levaram lá pra dentro, o carnaval do Rio de Janeiro, ou seja, ações reveladoras do quanto somos muito ricos de arte e cultura, num deslumbre que a todos encanta.
MOSAICO 4: Boa iniciativa: O projeto “Voa Brasil” leva às classes menos favorecidas a oportunidade de pelo menos, a cada ano, pelo preço de 200 reais, fazer uma viagem por destinos do Brasil, num benefício ao lazer e ao prazer, mas também à cultura que cada viagem costuma encetar.
Esses mosaicos, leitoras e leitores, revelam a retomada dos eventos, das viagens e do turismo, rasgam perspectivas exponencialmente positivas ao turismo brasileiro, atividade da maior relevância à nossa economia, à geração de empregos e rendas.
Viva o turismo brasileiro!
Roberto Pereira, ex-secretário de Educação e Cultura de Pernambuco e membro da Academia Brasileira de Eventos e Turismo (Abevt).