OPINIÃO | Notícia

Diogo Ramos: Hacker ético, um detetive digital contra ataques maliciosos

A relevância da ciência para a sociedade é um tema cada vez mais discutido em tempos de avanços tecnológicos e crescente interdisciplinaridade

Por DIOGO RAMOS Publicado em 26/01/2025 às 19:43 | Atualizado em 30/01/2025 às 8:11

Um Hacker Ético atua como um "investigador digital", especializado em proteger sistemas e redes contra ameaças cibernéticas.

Diferente dos hackers mal-intencionados, ele utiliza suas habilidades de forma legal e autorizada, identificando e corrigindo vulnerabilidades antes que sejam exploradas.

Seu trabalho é essencial para prevenir roubos de dados, invasões e outros crimes digitais. A relevância da ciência para a sociedade é um tema cada vez mais discutido em tempos de avanços tecnológicos e crescente interdisciplinaridade.

A importância do Hacker Ético na segurança digital

Nesse contexto, o papel do “Hacker do bem” se destaca como essencial, aplicando conhecimentos científicos para a prevenção de ataques e conflitos em sistemas e redes, tão essenciais em todas as camadas da sociedade.

Seria uma espécie de perito em tecnologias atuando preventivamente, assim, a ciência reafirma sua posição como ferramenta indispensável para a construção de uma sociedade mais segura e confiável.

Com o aumento das ameaças digitais, a figura do hacker ético tem ganhado destaque como um profissional fundamental para a proteção de sistemas e redes contra ataques maliciosos.

Um hacker ético é um especialista em segurança da informação que utiliza suas habilidades para encontrar e corrigir vulnerabilidades em sistemas, redes e aplicativos.

Responsabilidades

Diferente dos hackers mal-intencionados, conhecidos como crackers ou cibercriminosos, os hackers éticos atuam de forma legal e autorizada, prevenindo ataques antes que possam causar danos significativos.

O principal objetivo de um hacker ético é testar a segurança de sistemas para identificar possíveis falhas que poderiam ser exploradas por atacantes maliciosos.

Suas principais responsabilidades incluem:

  • Teste de intrusão;
  • Simulação de ataques reais para avaliar a resistência de um sistema;
  • Análise de vulnerabilidades;
  • Identificação e correção de brechas de segurança;
  • Monitoramento contínuo para detectar e prevenir possíveis riscos;
  • Consultoria em segurança;
  • Desenvolvimento de estratégias e políticas de proteção digital.

Para atuar nessa área, é necessário possuir conhecimentos avançados em segurança da informação, redes de computadores e desenvolvimento de software.

É fundamental que o profissional mantenha-se atualizado sobre as novas ameaças e tecnologias de segurança, pois o cenário digital está em constante evolução.

Com o aumento dos ciberataques, o trabalho do hacker ético tornou-se indispensável para proteger dados e garantir a integridade das informações.

Empresas de todos os setores, incluindo bancos, hospitais e governos, dependem desses profissionais para manter a segurança de seus sistemas e a confiança de seus clientes.

Segurança pública

Além do setor privado, o hacker ético desempenha um papel crucial na segurança pública e no sistema de justiça.

Sua expertise é essencial para auxiliar investigações criminais, rastrear atividades ilícitas online e reforçar a proteção de dados sensíveis de órgãos governamentais.

Muitas vezes, esses profissionais trabalham em parceria com forças policiais e agências de inteligência para prevenir crimes cibernéticos, fraudes e ataques terroristas digitais.

Dessa forma, o trabalho dos hackers éticos não apenas protege empresas e indivíduos, mas também fortalece a segurança nacional e a estabilidade social.

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Outro aspecto fundamental do trabalho do hacker ético é sua contribuição para a formação de provas em investigações cibernéticas. Esses profissionais desempenham um papel essencial na coleta e análise de evidências digitais, garantindo que os dados obtidos sejam íntegros e admissíveis em processos judiciais. A expertise do hacker ético permite identificar rastros deixados por criminosos digitais, recuperar informações apagadas e validar a autenticidade de documentos digitais, ajudando a fortalecer casos legais e garantir que a justiça seja devidamente aplicada.

Em um mundo cada vez mais conectado, o hacker ético é um verdadeiro guardião digital, garantindo que a tecnologia continue sendo uma aliada, e não uma vulnerabilidade. Assim, investir na formação e valorização desses profissionais é essencial para um futuro mais seguro e confiável na era da informação.

Diogo Ramos, presidente da Comissão de Perícias Forenses da OAB/PE e Doutorando em Perícias Forenses pela UPE.

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