Com o objetivo de monitorar os sinais biológicos necessários para a triagem e acompanhamento de pacientes infectados pela covid-19, um grupo de mais de 30 profissionais voluntários, liderados por pesquisadores Programa de Pós-graduação Stricto Sensu em Engenharia de Computação da Escola Politécnica de Pernambuco (POLI), da Universidade de Pernambuco (UPE), construíram um dispositivo batizado de MonitorAR.
O protótipo funcional, elaborado em uma semana, foi entregue no dia 30 de março e atualmente está na fase de validação clínica. O MonitorAr irá apoiar os profissionais de saúde ao exibir informações em tempo real no suporte ao diagnóstico e evolução dos casos de coronavírus.
Por meio disto, a subjetividade na alocação de equipamentos, recursos e definições de terapêuticas para o tratamento pode ser reduzida, em especial para os pacientes que são assintomáticos, sintomáticos ou que que estiverem com a Síndrome Respiratória Aguda (SRAG). Segundo os inventores, os sinais obtidos de forma rápida, tempestiva e inteligente podem ajudar na gestão operacional dos serviços e, assim, salvar vidas.
O funcionamento do MonitorAR, que utiliza Inteligência Artificial (IA), se dá por meio do dispositivo captar a frequência respiratória dos pacientes, necessária para o fechamento do diagnóstico. Além disso, ele também mede a saturação periférica de oxigênio, frequência cardíaca e temperatura.
Através de um termômetro intercambiável, a temperatura é medida no posicionamento axilar, em adição aos outros três pontos de captação da temperatura corporal. Os sinais são monitorados com alarmes pré-estabelecidos em faixas verde, amarela e vermelha, sendo apresentados no próprio celular do paciente ou da instalação de saúde. O software foi desenvolvido para ser compatível com o sistema operacional Android em versão 7.0 (2016) ou mais recente.
Também houve uma adaptação para que o MonitorAR possa acompanhar adultos e crianças, além de registro das comorbidades, de acordo com as variações individuais.
Segundo a médica pneumologista e professora da UPE, Marília Cabral, no momento o dispositivo passa por uma rigorosa validação clínica junto a profissionais de saúde. Após ser validado no comitê de ética, serão realizados testes em uma amostra de 70 pacientes e a partir disto que será observado se as medições apresentadas no aparelho são as mesmas que aparecem nos monitores utilizados nos hospitais.
Sanitaristas e epidemiologistas irão dispor de um recurso adicional para realizar seus estudos e, após mais pesquisa, testes e validação, o equipamento talvez possa ser disponibilizado para monitoramento residencial ou à distância.
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Coronavírus é uma família de vírus que causam infecções respiratórias. O novo agente do coronavírus foi descoberto em 31/12/19 após casos registrados na China.Os primeiros coronavírus humanos foram isolados pela primeira vez em 1937. No entanto, foi em 1965 que o vírus foi descrito como coronavírus, em decorrência do perfil na microscopia, parecendo uma coroa.
A maioria das pessoas se infecta com os coronavírus comuns ao longo da vida, sendo as crianças pequenas mais propensas a se infectarem com o tipo mais comum do vírus. Os coronavírus mais comuns que infectam humanos são o alpha coronavírus 229E e NL63 e beta coronavírus OC43, HKU1.
O Ministério da Saúde orienta cuidados básicos para reduzir o risco geral de contrair ou transmitir infecções respiratórias agudas, incluindo o coronavírus. Entre as medidas estão:
Para a realização de procedimentos que gerem aerossolização de secreções respiratórias como intubação, aspiração de vias aéreas ou indução de escarro, deverá ser utilizado precaução por aerossóis, com uso de máscara N95.