Com informações da TV Jornal
O cruzeiro localizado em frente a Igreja na Sé, em Olinda, foi depredado na madrugada deste sábado (8). De acordo com a Secretaria de Cultura e Patrimônio do município, um homem teria subido no cruzeiro e, posteriormente, despencado de uma altura de pelo menos cinco metros.
A ação, que foi considerada um ato de vandalismo, deverá ser investigada pela Polícia Federal, por se tratar de um Patrimônio Histórico da Humanidade - a escultura, datada do século 18, é tombada.
“No raiar do dia, logo cedo, nossa equipe de monitoramento que trabalha realizando vistorias no município, identificou essa ação de vandalismo. Nós isolamos o local e acionamos a polícia para as devidas providências”, explica o secretário de Cultura, João Luiz.
A captura do suspeito só foi possível após análise das câmeras de videomonitoramento no local. Após ter a perna quebrada e esmagada, o homem foi encaminhado a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) da Cidade Tabajara, também no município de Olinda, e depois foi transferido para o Hospital Miguel Arraes, onde encontra-se sob custódia da polícia.
“Ele confessou o crime e disse que estava alcoolizado quando praticou a ação. Mas, o prejuízo desse vandalismo é incalculável. O cruzeiro faz parte de um conjunto de monumentos pertencentes ao patrimônio da humanidade, declarado pela Unesco”, afirmou o secretário.
Segundo informações da TV Jornal, após sair do trabalho o homem teria bebido muito e depois resolveu se pendurar no crucifixo, que acabou sendo quebrado. Comerciantes, afirmam que se houvesse mais segurança na área do Sítio Histórico de Olinda, ações como estas poderiam ser evitadas.
O secretário de Cultura, João Luiz, afirma que guarda municipal de Olinda tem realizado rondas periódicas, mas reconhece que não há como dispor de 100% do efetivo por 24 horas. “Esses vândalos esperam pelo momento certo para agir na surdina, mas nunca imaginávamos que alguém iria fazer isso em um dos patrimônios mais visitados de Pernambuco”, criticou.
Nesta segunda-feira (10), uma equipe técnica da Secretaria de Cultura e Patrimônio estará no local, que encontra-se isolado para a perícia da polícia, onde será feito um mapeamento dos danos. A partir desse levantamento, é que a Prefeitura conseguirá mensurar quanto custará a restauração da escultura.