Questionado sobre o fato de alguns bares, restaurantes e lanchonetes estarem desrespeitando o horário limite de funcionamento (22h) e permitindo aglomeração, o secretário de Saúde de Pernambuco, André Longo, informou durante entrevista coletiva, nesta quinta-feira (20), que o governo está atento à situação e que poderá recomendar o fechamento de estabelecimentos em algumas regiões, caso os protocolos não sejam cumpridos.
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"Há todo um trabalho que tem sido feito pela Secretarias de Defesa Social e de Justiça, através do Procon, no sentido de fazer a fiscalização, além da vigilância sanitária. É preciso que os municípios também possam ser parceiros nesse processo de fiscalização", disse Longo.
O secretário acrescentou que tem sido feita avaliação de cada região e que existe a possibilidade de retroceder em cidades que insistirem em desrespeitar. "É muito importante que os próprios donos de estabelecimentos fiquem atentos. Eles pediram muito para ver a situação deles quando estávamos em restrição dessas atividades. Então, é preciso ter responsabilidade na retomada."
O presidente da seccional Pernambuco da Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel), André Araújo, concorda que os estabelecimentos que descumprirem os protocolos devem receber advertência e destaca que, caso seja necessário punição, não é justo que atinja todo o setor.
"O setor que mais está dando bom exemplo é o de bares e restaurante. Mas para toda regra existe uma exceção, há alguns estabelecimentos que não estão cumprindo. Que esses sejam notificados e que a fiscalização utilize o procedimento adequado para que isso não ocorra. O que não pode acontecer é todo um setor que está se esforçando muito pagar por poucos que erram", disse.
O empresário Rodrigo Costa, sócio de um bar na Várzea, Zona Oeste do Recife, ao lado do irmão, Rodolpho Costa, diz que consegue cumprir as recomendações com certa facilidade, mas encontra um pouco de resistência de alguns clientes que querem entrar mesmo quando o estabelecimento está operando na capacidade máxima permitida.
"Estamos disponibilizando álcool em gel, os garçons têm equipamento adequado, há higienização constante e fechamos sempre no horário. Mas como lota muito rápido, alguns clientes querem que mais mesas sejam liberadas, o que não podemos permitir. Temos 30 mesas, mas estamos colocando 12", explicou.