Em ação para desarticular uma facção criminosa com atuação no Litoral de Pernambuco, a Polícia Civil cumpriu 40 mandados de prisão preventiva nesta quinta-feira (22). Desses, 15 foram direcionados a integrantes do grupo que já estavam presos. Nas incursões, os policiais apreenderam drogas e armamentos, inclusive uma glock calibre .45 , com seletor de rajada e carregador de 30 tiros.
A ação fez parte da Operação Toca, liderada pelo delegado Ney Luiz Rodrigues, e abrangeu os municípios de Ipojuca, Cabo de Santo Agostinho e Recife. “O nome da operação foi dado em razão a membros da facção se esconderem em locais que pareciam uma toca, bem como pelo fato de eles esconderem drogas e armas em buracos nos fundos da residência deles”, detalhou o delegado de Ipojuca.
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O grupo, instalado na região há mais de sete anos, é responsável por cerca de 25 de homicídios ocorridos em Ipojuca e adjacências - inclusive pela chacina que deixou 5 mortos e 12 feridos em uma praça na comunidade de Rurópolis, na cidade, em agosto. “É um grupo criminoso bastante perigoso”, definiu Rodrigues. “Eles disputam território com uma facção rival”, completou.
Durante as investigações, que tiveram início este ano, os policiais identificaram negociações de droga, do gerenciamento do narcotráfico à comercialização direta ao consumidor por parte de coordenadores, gerentes e vendedores.
Além de tráfico e homicídio, o grupo também esteve envolvido com a prática de tortura. “A gente fez uma operação recentemente no município (de Ipojuca), denominada Látego, em razão de membros dessa facção terem torturados dois jovens que estariam praticando pequenos furtos na comunidade”, falou, em referência à operação deflagrada em abril deste ano.
Entre os membros que já estavam presos e tiveram um novo mandado expedido, estão líderes da facção que coordenavam o trabalho dos demais integrantes que estavam fora. “De dentro do período saem essas ordens para matar e tomar pontos de tráfico de outras regiões”, afirmou. Com as novas ordens, eles passam a responder por outro processo.
Para o diretor da DIM, Antônio Barros, a operação deixa um impacto positivo na área. “É importante frisar que não é mandado temporário, mas preventiva, porque o judiciário se convenceu de elementos probantes contra a facção criminosa”, comentou.
“A repercussão é positiva, mas a Polícia Civil não pode parar por aí. Existem outras investigações em andamento. Existe um apoio do Ministério Público e do judiciário local para a operação policial, e a gente vai ter a oportunidade de mostrar a qualidade do nosso trabalho, reprimindo as facções criminosas que brigam por espaço e vem amedrontando toda uma área”, falou.
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