Policiais militares que participaram da ação em ato no Recife prestam depoimento nesta quarta-feira (16)
Dois dos policiais serão ouvidos na parte da manhã e os outros dois à tarde na Delegacia de Santo Amaro, área central do Recife
Com informações da TV Jornal
Quatro policiais militares que participaram da ação durante o ato no Recife contra o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) no último dia 29 de maio prestam depoimento na manhã desta quarta-feira (16) na Delegacia de Santo Amaro, na área central do Recife. Dois dos policiais serão ouvidos na parte da manhã e os outros dois, à tarde.
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Segundo a coluna Ronda JC, a Corregedoria da Secretaria de Defesa Social de Pernambuco (SDS-PE) já instaurou nove procedimentos administrativos para investigar a conduta dos policiais envolvidos na ação violenta do Batalhão de Choque contra os manifestantes que participavam do ato. Até então, a pasta afastou 16 policiais militares, três oficiais e 13 praças.
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Relembre o caso
A ação resultou em dois homens feridos que sequer participam do ato, mas foram atingidos nos olhos com balas de borracha: o adesivador Daniel Campelo da Silva, de 51 anos, e o arrumador de contêiner Jonas Correia de França.
O caso aconteceu na Ponte Duarte Coelho, bairro da Boa Vista, área central da capital pernambucana. Daniel e Jonas perderam a visão do olho esquerdo e direito, respectivamente.
Durante a ação da PM, a vereadora do Recife Liana Cirne (PT) também foi agredida com spray de pimenta na Ponte Princesa Isabel, por um policial que estava no banco de trás de uma viatura da Radiopatrulha. No local havia um bloqueio de viaturas e ela afirma que tentava dialogar com eles.
As diversas investigações tratam sobre a conduta dos policiais nas ações contra os manifestantes e as três pessoas agredidas, utilização irregular de arma com elastômetro (bala de borracha) e spray dispersante, omissão de socorro, entre outras frentes.
Daniel Campelo prestou depoimento na última segunda-feira (14) na Delegacia da Boa Vista. A Polícia Civil e a Corregedoria ainda não chegaram a uma conclusão sobre as circunstâncias da agressão ao adesivador. Existe a suspeita que ele tenha sido atingido por um fragmento de granada.
Já Jonas Correia prestou depoimento na última quinta-feira (10). No caso dele, as imagens já dão um indicativo mais preciso do ocorrido, pois mostram que um policial militar atirou contra ele enquanto ele passava pela Ponte Santa Isabel de bicicleta. O policial já foi identificado e afastado.