Briga há 10 anos é uma das hipóteses investigadas para morte de policial militar motorista da vice-governadora de Pernambuco, diz advogada
Outro advogado da família afirmou que nenhuma hipótese sobre o que poderia ter motivado o crime pode ser descartada no momento
Com informações de Cinthia Ferreira, da TV Jornal
A Polícia Civil de Pernambuco está investigando a morte do 3º Sargento da Polícia Militar Adelcio Miguel Ângelo Júnior, 43 anos, no bairro de Sítio dos Pintos, na Zona Norte do Recife, na tarde dessa quarta-feira (21). De acordo com a advogada da família, uma briga que ocorreu há dez anos está sendo apurada para saber se tem relação com o assassinato do homem, que atuava como motorista da vice-governadora de Pernambuco, Luciana Santos.
"Há dez anos, no bar da faculdade, um homem paquerou a esposa dele e houve um desentendimento. Quando Adelio, que era muito tranquilo, estava saindo do estabelecimento, o rapaz efetuou dois disparos contra ele, que não reagiu. Esse rapaz foi preso e solto recentemente. Essa história também está sendo avaliada pela polícia", contou a advogada Isabela Pequeno.
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O outro advogado da família, Emerson Beltrão, afirmou que nenhuma hipótese sobre o que poderia ter motivado o crime pode ser descartada no momento. "Será tudo apurado, está sendo feito também um levantamento para saber se a morte teve ligação com a profissão que ele exercia", declarou.
O sargento foi morto quando foi realizar a entrega de um vídeo game no Sítio dos Pintos. Dois homens teriam se passado por clientes e abordado o militar no momento em que ele abriu o porta-malas do carro para retirar o objeto. Assustado com a investida, Adelcio teria corrido e acabou atingido por dois tiros. A assessoria da vice-governadora confirmou que o militar estava de folga no momento do crime. Um dos suspeitos foi preso momentos depois da investida criminosa e confessou ter matado o oficial.
O suspeito foi encaminhado ao Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP). Aos policiais, ele apresentou duas versões para o crime. Na primeira, o homem chegou a dar o nome de dois comparsas. Com isso, buscas foram realizadas, mas a dupla não foi encontrada. Já na segunda versão, ele disse que conhecia o militar e que teria agido sozinho.
De acordo com a polícia, suspeito foi autuado pelo crime de latrocínio, roubo seguido de morte. O vídeo game não foi encontrado, no entanto, a arma do policial não foi roubada. O oficial atuava na Polícia Militar há 14 anos. Na manhã desta quinta-feira (22), a esposa e a enteada do sargento estiveram no Instituto de Medicina Legal (IML) do Recife para fazer a liberação do corpo.