Prefeitura do Recife volta atrás e permite que comerciantes do Centro permaneçam em quiosques enquanto marquise é reformada
A retirada dos trabalhadores aconteceria para fazer obras de reparo na marquise de imóvel, que apresenta risco alto de desabamento. Agora, gestão informou que serviço com o afastamento dos comerciantes
Com informações da repórter Simone Santos, da TV Jornal
Dois dias após serem comunicados que teriam que deixar o ponto de vendas, comerciantes informais da Rua da Palma, no Bairro de Santo Antônio, Centro do Recife, receberam nesta quinta-feira (12) a notícia de que isso não será mais preciso. A Prefeitura do Recife voltou atrás na decisão de desocupar a área debaixo do imóvel de número 38, cuja marquise corre risco de cair. A retirada aconteceria para fazer obras de reparo.
Inicialmente, a gestão municipal informou aos comerciantes que o risco de desabamento da estrutura era nível 4, considerado “muito alto”, o máximo. No entanto, segundo o chefe de divisão de Engenharia da Defesa Civil do Recife, Neuton Simões, o reparo da marquise poderá ser feito sem que os 16 comerciantes precisem sair do local, porque na verdade o risco de queda é 3 (alto).
“Por ser risco 3, precisa de uma recuperação estrutural, e é possível que seja realizada. Foi acordado com a empresa que seria isolado por partes no momento em que estiver recuperando vamos fazer o acompanhamento da obra para ver o que está sendo realizado”, disse Neuton.
Equipes da Defesa Civil e da Secretaria de Controle Urbano estiveram logo cedo vistoriando os quiosques das ruas da Palma e Matias de Albuquerque. Com eles, estava um engenheiro representante da empresa que vai realizar a obra no prédio ameaçado.
A gerente da regional Centro-Oeste da secretaria de Controle Urbano do Recife, Mônica Barata, informou que as obras começam na próxima segunda-feira (16), e que os trabalhadores concordaram em diminuir a área dos quiosques para liberar mais espaço na área.
“Foi pactuado com os comerciantes que eles irão reduzir os equipamentos, ou seja, retirar os acréscimos, para que a empresa tenha uma área livre de trabalho. Havendo a necessidade de um espaço maior para que a empresa trabalhe, a gente vai fazer uma adequação para eles ficarem nas proximidades e não serem prejudicados.”
Alívio dos comerciantes
Thamires Rebeca de Lima se emocionou com a novidade, que chegou após repercussão na imprensa. “A gente não vai precisar sair, graças a Deus. É daqui que tiro o sustento do meu filho. Oramos muito ontem para isso. Ontem a conversa foi que era grau 4, que ia desabar a qualquer momento. Hoje já foi outra conversa”, disse.
A mãe dela, Maria das Neves, que vende roupas no local há décadas, protagonizou um momento de desespero na última quarta-feira (11), na TV Jornal, desmaiando enquanto comentava a ordem para saírem dali. Agora, sorri aliviada. “Vai dar para trabalhar agora, pagar meu cheque, meu cartão”, afirmou.