Adriana Calcanhotto visita Instituto Menino Miguel, no Recife: "luta por justiça desse caso"

A cantora gaúcha se encontrou com Mirtes Renata, mãe de Miguel, e prometeu cantar para ela a música 2 de Junho nos shows que fará em Pernambuco
Filipe Farias
Publicado em 20/07/2022 às 22:36
Adriana Calcanhotto se encontra com Mirtes Renata, mãe de Miguel Foto: DAY SANTOS/JC IMAGEM


Considerada a embaixadora do Instituto Menino Miguel, da Universidade Federal Rural de Pernambuco, a cantora Adriana Calcanhotto esteve na reitoria da UFRPE, na noite desta quarta-feira (20), para se reunir com Mirtes Renata, mãe de Miguel. No encontro, que também contou com a presença do vice-reitor da universidade, o professor Gabriel Rivas; o coordenador do instituto professor Humberto Miranda, além de representantes do Conselho Tutelar, a artista gaúcha procurou se informar das ações do projeto e como ele tem ajudado na vida de outras pessoas.

"Muito importante sentar aqui e ouvir o pessoal do Conselho Tutelar, ficar atualizada sobre o que está acontecendo. Sempre é bom estar com Mirtes, uma pessoa que passa muita força e temos de nos espelhar nela e ouvi-la", disse Adriana Calcanhotto. "Conheci a Mirtes no Rio de Janeiro, ela foi na minha casa e, desde então, não voltei ao Recife para cantar por conta da pandemia. Agora que o show que vai acontecer, aproveitar para conversar com todos, saber do instituto e como está todo o processo nessa luta por justiça desse caso", complementou.

 

Para Mirtes Renata, a presença de Calcanhotto na UFRPE só mostrou o comprometimento da cantora com a causa que leva o nome do seu filho. "Foi um encontro incrível. Ela aqui no Recife e fez questão de vir aqui no Instituto Menino Miguel, conversar comigo e com a minha mãe... Ver o funcionamento do instituto e se preocupar em receber atualizações do caso me deixou muito feliz", contou Mirtes.

SHOWS NO RECIFE

A cantora gaúcha vai se apresentar no Recife nesta quinta-feira (21), às 21h30, no Teatro Rio Mar. Já no sábado (23), Calcanhotto fará duas apresentações no Festival de Inverno de Garanhuns (FIG), uma ao meio dia e outra às 18h. E, em todas, Mirtes Renata estará presente. "Dá um frio na barriga porque ainda não aconteceu de eu cantar a música "2 de Junho" num show com a presença de Mirtes. Ela vai assistir o show no Recife e em Garanhuns. Quando ela foi ao Rio de Janeiro mostrei para ela em off, uma gravação de Maria Betânia. Mas nesses shows será um momento muito forte. Será uma delícia tê-la perto", declarou Adriana.

Momento também bastante aguardado pela mãe de Miguel. "Sempre que escuto a música me emociono porque é muito real. Adriana narra o caso do meu filho. E tenho certeza que durante o show não será diferente e me emocionarei bastante", falou Mirtes Renata. "Ela fez turnê por vários países e, em todos, cantou a canção "2 de junho". Ela é muito comprometida com a luta e é muito importante pois a canção dela ajuda que o caso não seja esquecido", finalizou Mirtes.

Instituto Menino Miguel

O professor Humberto Miranda, coordenador do Instituto Menino Miguel, comemorou a presença da embaixadora Adriana Calcanhotto na Universidade Federal Rural de Pernambuco. "Hoje foi um dia histórico para gente. Recebemos a nossa embaixadora Adriana Calcanhotto, junto com a nossa madrinha Mirtes, na sala do nosso reitor... Isso é muito simbólico. De ter na Universidade um patrono uma criança negra; simbólico por receber uma mãe que lutar por justiça junto com a avó. Recebendo conselheiros tutelares e uma artista com relevância internacional e que também se comprometeu com a causa", declarou Humberto Miranda.

"Outros artistas também estão comprometidos com a luta do menino Miguel, mas ela (Adriana Calcanhotto) nos mobilizou, tanto que a música dela é o hino do Instituto Miguel", ressaltou o coordenador do projeto.

Os direitos autorais da canção "2 de junho" foram doados por Calcanhotto para a família de Miguel. "Ela fez essa doação dos direitos autorais para ajudar no funcionamento do Instituto Menino Miguel. Fiquei muito feliz com isso. O projeto é administrado pela UFRPE e pedi que honrassem o menino Miguel... E que o instituto não ficasse somente dentro da Universidade, mas que ele fosse para as comunidades e ofertasse ações para as comunidades. Isso será feito e já está sendo trabalhado, inclusive, para levar para o interior do Estado", revelou Mirtes Renata.

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