A Escola de Ciências Jurídicas da Universidade Católica de Pernambuco vai abrir vagas, no próximo vestibular geral da Universidade, para o novo curso tecnólogo em Direito Digital, que será o primeiro tecnólogo do Brasil, nesta temática, e tem duração total de dois anos e é composto por professores da área do Direito e de Tecnologia.
A formação vai contemplar uma nova ocupação, na área de Dados Pessoais, a partir da regulamentação da Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD).
Esta nova área foi incluída na Classificação Brasileira de Ocupações (CBO), a partir do Quadro Brasileiro de Qualificações (QBQ), importante instrumento para análises do mercado de trabalho que mapeia conhecimentos e habilidades necessárias para cada ocupação presente.
“Como existe essa nova atuação profissional, o curso de Direito Digital consegue ter uma abrangência maior para inserir alguém no mercado, como também para aperfeiçoar quem já está nele. É uma especialização, pois ele tem um aprofundamento temático", explica Karina Vasconcelos, diretora da Escola de Ciências Jurídicas.
"Logo, para quem trabalha em escritório de advocacia ou no próprio tribunal, por exemplo, vai poder se aperfeiçoar nesta temática”, completa.
O edital de seleção, para a primeira turma, vai ser aberto no fim de 2022 e as aulas terão início em fevereiro de 2023.
Qualquer pessoa, seja estudante ou profissional com ensino superior completo, poderá participar do vestibular e concorrer à vaga.
Escola de Ciências Jurídicas foi inaugurada no final de 2021 e representa a evolução do Centro de Ciências Jurídicas da Instituição.
Ela tem como proposta ser um espaço mais integrado entre a pesquisa, o ensino e a extensão.
Para isso, conta com duas estruturas articuladoras que promovem toda essa integração entre os diferentes níveis formativos, são elas: O Núcleo de Desenvolvimento Profissional e Justiça Socioambiental e o novo programa que vai ser implantado em 2023, o de Clínica Jurídica.
Dentro do programa, além de uma extensão focada na inovação social, o objetivo é criar uma convivência entre os alunos da graduação e pós-graduação, sejam da Unicap ou de outra instituição de ensino, além dos profissionais que já atuam no mercado, em qualquer área de atuação, para que trabalhem em conjunto.
Leia também:
> Unicap lança Escola de Ciências Jurídicas com novidades no curso de Direito
“Muitas vezes, um profissional quer se aprofundar em uma determinada temática, mas tem uma formação em Contabilidade, em Engenharia, Medicina, por exemplo, e não tem problema. Ele pode vir e se valer aqui das nossas formações, não é uma formação exclusivamente jurídica”, diz Karina Vasconcelos.
A Escola de Ciências Jurídicas quer implantar em 2023 o Mestrado Profissional em Direito e Inovação, com o foco de ajudar tanto os profissionais que ainda não estão no mercado de trabalho como os que já estão mas querem se renovar, seja dentro da dinâmica da inovação social como na área tecnológica.
A formação tem duração de dois anos.
Lívia Barros, assessora de inovação da Escola, é a responsável junto com Karina Vasconcelos, em subscrever o Aplicativo Para os Novos Cursos (APCN), junto ao MEC.
“O resultado de todo o trabalho durante esses dois anos é entregar exatamente um projeto baseado em metodologias ativas que te dá condições de construir soluções e, no final, a criação de um projeto inovador para o estudante aplicar", afirma Lívia Barros, que também é professora de Direito Administrativo na Unicap.
Nós vamos trabalhar com esse discente, no primeiro momento, para identificar quais são os problemas, limitações que ele entende dentro do serviço público e privado e onde é que poderia ser melhorada”, completa.
Dentro dessa perspectiva, o curso de Mestrado Profissional em Direito e Inovação atua não só para o melhor desenvolvimento de uma sociedade, dentro da abordagem da inovação social, como também a tecnologia atende dentro desse processo disruptivo.
Um evento marcado para celebrar as parcerias e planejar os próximos passos.
Na quinta-feira (18), aconteceu no salão de eventos do Bloco G, na Universidade Católica de Pernambuco, um encontro que simboliza os convênios firmados entre a Unicap e as Escolas das Instituições Públicas Jurídicas, para estímulo e fortalecimento do Mestrado Profissional que a Escola vai submeter o pedido ao MEC.
Estavam presentes (da esquerda para a direita):
“Quando a gente vai construir esse pedido ao MEC, é importante que antes a gente se articule com as instituições locais para entender se é um programa que realmente atende ao interesse das pessoas, principalmente sendo um Mestrado Profissional, que tem como objetivo melhorar a sua atividade profissional”, afirma Karina Vasconcelos.