O Comando Militar do Nordeste se reuniu, nesta segunda-feira (19), com integrantes do Sindicato da Indústria da Construção Civil do Estado de Pernambuco (Sinduscon-PE) para discutir a respeito do projeto da Escola de Sargentos do Exército (ESE), maior empreendimento estratégico da Instituição nos próximos dez anos.
A Escola de Sargentos será construída na área militar do Campo de Instrução Marechal Newton Cavalcanti, localizado no município de Abreu e Lima, e tem previsão de conclusão em 2034. Serão empenhados cerca de R$ 1,8 bilhão na construção da ESE.
A autoridade patrocinadora do projeto é o Departamento de Educação e Cultura do Exército e, por envolver os aspectos de estudo do meio-ambiente e de sustentabilidade, preparação do master-plan e a confecção dos anteprojetos, o Departamento de Engenharia e Construção está diretamente envolvido.
O Comando Militar do Nordeste participa do empreendimento por meio do estabelecimento de parcerias estratégicas e por conduzir a gerência dos projetos das instalações escolares e do apoio à família militar, com a construção das áreas das vilas militares de oficiais e praças, de um Batalhão de Comando e Serviços e do campus escolar.
A viabilidade do projeto se deu com a participação do Governo de Pernambuco, que disponibilizou contrapartidas essenciais para o empreendimento sair do papel e ficar no Estado. Em 2023, diversas reuniões e atividades práticas de conhecimento da área de construção da escola, no Campo de Instrução, já foram realizadas com o Governo do Estado, com a Assembleia Legislativa do Estado, com a Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) e com o Instituto Federal de Pernambuco (IFPE).
A expectativa é que a construção da Escola de Sargentos do Exército traga reflexos positivos que trarão para o Estado e para os municípios do entorno da escola. Segundo o próprio Exército serão deixados legados ambiental e de sustentabilidade, como a melhoria substancial na qualidade dos recursos hídricos dos mananciais envolvidos, em especial o da bacia do Rio Botafogo.
Grupos de trabalho estão em conjunção entre Exército, Academia e órgãos ambientais, nos âmbitos federal e estadual, para o planejamento efetivo e inédito dessa compensação, em governança colaborativa. Além disso, diversas parcerias estratégicas serão desenvolvidas para contemplar a ativação de um polo de atração de investimento para a região e renovar a vocação econômica do Oeste da Região Metropolitana do Recife.
A implementação da Escola de Sargentos do Exército, em Abreu e Lima, deve gerar 11 mil empregos diretos e 17 mil indiretos para a construção, além de uma alocação de cerca de R$ 211 milhões por ano em salários dos militares que trabalharão na Escola e, em torno de R$ 53 milhões por ano, em custeio e prestação de serviço após a inauguração da Escola.
Quando estiver em funcionamento, a ESE, assim como outras escolas militares, como a Escola de Sargentos das Armas, em Três Corações (MG); a Escola de Sargentos de Logística, localizada na Vila Militar, Rio de Janeiro; e o Centro de Instrução de Aviação do Exército, em Taubaté (SP), também se torne um polo educacional e referência em Pernambuco e no Brasil.