O governo de Pernambuco anunciou neste domingo (7/4), nos Estados Unidos, o lançamento em breve do Programa Cientista Arretado, uma parceria com a academia que terá investimentos estaduais de R$ 10,5 milhões.
A proposta do programa é fortalecer e ampliar o conhecimento científico no Estado. Segundo o governo, o Cientista Arretado irá aplicar a pesquisa científica nas áreas estratégicas da gestão, como, por exemplo, segurança, educação, saúde, sustentabilidade e transformação digital.
A novidade foi anunciada pela governadora Raquel Lyra (PSDB), durante a 10° edição do Brazil Conference, que acontece nos EUA. A governadora participava do painel “As inovações e os Desafios na Gestão de Pernambuco", no Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT).
"Quero convidar vocês a fazerem parte conosco, bolsistas, estudantes de doutorado, mestrado, PhD, para trabalhar junto com o governo de Pernambuco sobre construção e medição de impacto das políticas públicas. Alguns já estão se formando e quero permear todo o nosso governo com vocês e com nossos estudantes de Pernambuco. Estamos cansados de olhar para o passado, e são os estudantes e pesquisadores que podem nos ajudar a construir um novo presente", convocou a governadora.
ENTENDA O PROGRAMA CIENTISTA ARRETADO
O orçamento da Fundação de Amparo à Ciência e Tecnologia de Pernambuco (FACEPE) disponível para o programa é de R$ 10,5 milhões. O objetivo do Cientista Arretado é aplicar o conhecimento científico nas áreas estratégicas do Estado, por meio de transferência da tecnologia em parceria com a comunidade científica.
O processo terá início na Secretaria de Planejamento, Gestão e Desenvolvimento Regional (Seplag), que irá definir os desafios da gestão pública a serem atendidos por uma solução proposta por pesquisadores. A partir de então, a Secretaria de Ciência, Tecnologia e Inovação (SECTI) irá lançar editais para chamamento público da comunidade científica através da FACEPE.
“As expectativas em torno do Cientista Arretado são as melhores possíveis. É uma parceria que o governo do Estado irá firmar com os centros de pesquisas, universidades e pesquisadores. É um convite à comunidade acadêmica para nos ajudar a pensar soluções para atender às demandas do povo de Pernambuco”, detalha a secretária de Ciência, Tecnologia e Inovação, Mauricélia Montenegro.
MODELO INSPIRADO NO CEARÁ
A colaboração entre a comunidade científica e a gestão pública acompanha uma experiência que teve início no Estado do Ceará, através do Programa Cientista Chefe do Governo. Como resultado, será possível modernizar e aprimorar as políticas públicas e a tomada de decisão feitas pelo Estado, oferecendo melhores serviços para a população.