Moradores da Zona Norte do Recife relatam falta de água há mais de 10 dias e realizam protesto

Na noite desta terça-feira (17), moradores do Alto José do Pinho realizaram protesto na Avenida Norte devido à falta de água que atinge o bairro

Publicado em 18/12/2024 às 8:48 | Atualizado em 18/12/2024 às 8:52
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Com informações da repórter Priscilla Cavalcanti, da TV Jornal

Na noite desta terça-feira (17), moradores do bairro Alto José do Pinho, na Zona Norte do Recife, realizaram um protesto devido à falta de água na região, que já completou 10 dias.

Por volta das 18h, os manifestantes bloquearam os dois sentidos da Avenida Norte, utilizando pneus e móveis de madeira em chamas para impedir o trânsito. 

Segundo relatos coletados pela TV Jornal, a população tem enfrentado dificuldades para obter água para consumo e uso doméstico, recorrendo a alternativas como a compra de água mineral e a contratação de caminhões-pipa.

"Enquanto não chegar água, vamos fechar a Avenida Norte. É um movimento popular do nosso bairro", afirmou um dos líderes do protesto.

De acordo com os protestantes, um botijão de água custa cerca de R$ 7, enquanto o serviço de um caminhão-pipa pode chegar a R$ 400.

O que diz a Compesa?

A Companhia Pernambucana de Saneamento (Compesa), responsável pelo abastecimento na capital pernambucana, esclareceu que o problema é decorrente de uma obra de setorização em andamento na área, com investimento de R$ 40 milhões. 

A obra exigiu a interligação de redes novas e antigas, incluindo a construção de uma estrutura de concreto para sustentação de tubulação, o que demandou tempo para a secagem do material.

Segundo a companhia, foram registrados vazamentos durante os testes da nova rede, comprometendo o abastecimento.

Na última segunda-feira (16), os reparos foram concluídos e o abastecimento começou a ser retomado de forma gradual em ruas como Lage do Una, Dezenove de Agosto e Rua do Rio.

Contudo, um novo vazamento foi identificado na tarde desta terça-feira (17), na Rua Vasco da Gama, interrompendo novamente o fornecimento em toda a área.

Medidas emergenciais

Em nota enviada ao Jornal do Commercio, a Compesa informou que iniciou o abastecimento da área por uma rede alternativa e que equipes técnicas também trabalham para reparar a tubulação danificada e monitorar a distribuição de água na região.

A companhia informou que lideranças comunitárias do Alto José do Pinho participaram de uma reunião na sede da Compesa, em Santo Amaro ainda na terça, para discutir o andamento das obras e as intercorrências que dificultam o fornecimento. 

Até a publicação desta matéria, não há informações sobre o reabastecimento de água no bairro.

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