O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) concedeu entrevista coletiva, na tarde desta quarta-feira (18), sobre as medidas para combater a pandemia de coronavírus (covid-19) no Brasil.
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Acompanhado de ministros como Paulo Guedes (Economia), Luiz Henrique Mandetta (Saúde) e Sérgio Moro (Justiça e Segurança Pública), Bolsonaro afirmou que será lançada uma linha de crédito pessoal e outra para empresa no Banco do Brasil, além de reforço no Bolsa Família, antecipação de décimo terceiro salário e outras medidas.
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Durante a coletiva, todos estavam utilizando máscaras cirúrgicas e o presidente afirmou que o motivo é por conta de o ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque, ter testado positivo para coronavírus nesta quarta-feira (18). A confirmação vem após o chefe do gabinete de Segurança Institucional, General Heleno, também ter testado positivo para o coronavírus.
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O presidente ainda falou sobre sua participação nos atos do último dia 15 de março. "O povo, espontaneamente, foi às ruas. Não convoquei ninguém. Não há nenhum vídeo ou áudio que mostre isso”, afirmou.
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O ministro da Economia, Paulo Guedes, afirmou que a declaração de calamidade social é necessária para evitar o contingenciamento de recursos. "Isso nos dá espaço fiscal", argumentou.
Confira as medidas anunciadas por Bolsonaro
- Estado de calamidade pública, a fim de garantir recursos para saúde e emprego. Será destinado R$ 84 bilhões para a população vulnerável e R$ 60 bilhões para a manutenção de emprego;
- Reforço no programa Bolsa Família, integrando mais de R$ 1 milhão dentro do sistema;
- Atraso no recolhimento do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) e do Simples Nacional por três meses para reforçar o caixa das empresas;
- Desoneração de produtos médicos;
- R$ 24 bilhões para linha de crédito pessoal (com o intuito de ajudar trabalhadores autônomos) e R$ 48 bilhões para empresas;
- Socorro à aviação civil;
- Fechamento de fronteiras, em especial com a Venezuela.
Prevenção
O Ministério da Saúde orienta cuidados básicos para reduzir o risco geral de contrair ou transmitir infecções respiratórias agudas, incluindo o coronavírus. Entre as medidas estão:
- Lavar as mãos frequentemente com água e sabonete por pelo menos 20 segundos, respeitando os 5 momentos de higienização. Se não houver água e sabonete, usar um desinfetante para as mãos à base de álcool.
- Evitar tocar nos olhos, nariz e boca com as mãos não lavadas.
- Evitar contato próximo com pessoas doentes.
- Ficar em casa quando estiver doente.
- Cobrir boca e nariz ao tossir ou espirrar com um lenço de papel e jogar no lixo.
- Limpar e desinfetar objetos e superfícies tocados com freqüência.
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Profissionais de saúde devem utilizar medidas de precaução padrão, de contato e de gotículas (máscara cirúrgica, luvas, avental não estéril e óculos de proteção).
- Para a realização de procedimentos que gerem aerossolização de secreções respiratórias como intubação, aspiração de vias aéreas ou indução de escarro, deverá ser utilizado precaução por aerossóis, com uso de máscara N95.
O que é coronavírus?
Coronavírus é uma família de vírus que causam infecções respiratórias. O novo agente do coronavírus foi descoberto em 31/12/19 após casos registrados na China.Os primeiros coronavírus humanos foram isolados pela primeira vez em 1937. No entanto, foi em 1965 que o vírus foi descrito como coronavírus, em decorrência do perfil na microscopia, parecendo uma coroa.
A maioria das pessoas se infecta com os coronavírus comuns ao longo da vida, sendo as crianças pequenas mais propensas a se infectarem com o tipo mais comum do vírus. Os coronavírus mais comuns que infectam humanos são o alpha coronavírus 229E e NL63 e beta coronavírus OC43, HKU1.
Pandemia
Na quarta-feira (11), a Organização Mundial da Saúde (OMS) declarou o novo coronavírus (covid-19) como uma pandemia. Uma doença infecciosa é considerada uma pandemia quando sua disseminação sai do controle e se espalha por uma região geográfica ou mesmo por todo o planeta, afetando uma grande quantidade de pessoas. Mais de 118 mil pessoas foram infectadas em 114 países. Ao todo, mais de 4.300 mortes foram registradas.
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