O presidente Jair Bolsonaro disse hoje que recebeu um estudo de entidade francesa que apontou que, de 80 pessoas que foram testadas com tratamento com hidroxicloroquina, 78 foram curadas. O medicamento, que ainda não tem comprovação científica sobre sua eficácia, tem sido usado em alguns hospitais brasileiros para tratar casos mais graves da covid-19.
"Se fosse sua mãe, pai ou filho, duvido que não iam aceitar os termos de compromissos e deixar que o medicamento fosse aplicado A vida é que está em jogo, não podemos tratar com demagogia, com disputa eleitoral, tem que tratar com seriedade. Temos dois problemas pela frente, o vírus e o desemprego", disse o presidente ao chegar no Palácio da Alvorada após um passeio pela capital federal.
Nesse sábado (28), o ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, disse em entrevista coletiva que os estudos sobre a cloroquina para o combate à covid-19 ainda são muito incipientes. "Se sairmos com a caixa (de cloroquina) na mão dizendo que pode tomar, podemos ter um problema", disse.
Na manhã deste domingo (29), o presidente visitou supermercados, padarias e postos de gasolina em diversas regiões do Distrito Federal e conversou com trabalhadores informais. Ao chegar na residência oficial, Bolsonaro afirmou que os relatos das pessoas foram tristes e voltou a defender que, apesar de ser necessário se preocupar com a propagação do novo coronavírus, é essencial garantir os empregos.
"Estou do lado do povo para saber quais são os problemas. Eles querem voltar ao trabalho. Essencial é qualquer trabalho que sirva para que homem ou a mulher levar leite para as crianças. Porque se não conseguir fazer isso, vai ter um problema seriíssimo de fome, subnutrição, talvez até morte", disse. Bolsonaro afirmou que a falta de alimentos nos lares brasileiros também está afetando os índices de violência doméstica.
Coronavírus é uma família de vírus que causam infecções respiratórias. O novo agente do coronavírus foi descoberto em 31/12/19 após casos registrados na China.Os primeiros coronavírus humanos foram isolados pela primeira vez em 1937. No entanto, foi em 1965 que o vírus foi descrito como coronavírus, em decorrência do perfil na microscopia, parecendo uma coroa.
A maioria das pessoas se infecta com os coronavírus comuns ao longo da vida, sendo as crianças pequenas mais propensas a se infectarem com o tipo mais comum do vírus. Os coronavírus mais comuns que infectam humanos são o alpha coronavírus 229E e NL63 e beta coronavírus OC43, HKU1.
O Ministério da Saúde orienta cuidados básicos para reduzir o risco geral de contrair ou transmitir infecções respiratórias agudas, incluindo o coronavírus. Entre as medidas estão:
Para a realização de procedimentos que gerem aerossolização de secreções respiratórias como intubação, aspiração de vias aéreas ou indução de escarro, deverá ser utilizado precaução por aerossóis, com uso de máscara N95.