Covid-19

Gráfico que relaciona os casos de coronavírus no Brasil com falas de Bolsonaro viraliza no WhatsApp

Veja todas as falas ditas pelo Presidente listadas no gráfico

Larissa Lira
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Larissa Lira
Publicado em 29/04/2020 às 16:42 | Atualizado em 29/04/2020 às 17:03
REPRODUÇÃO / WHATSAPP
A foto tem circulado no WhatsApp - FOTO: REPRODUÇÃO / WHATSAPP

Nesta quarta-feira (29) um gráfico que relaciona o aumento de casos e óbitos decorrente do coronavírus no Brasil com as falas do presidente Jair Bolsonaro (Sem partido) viralizou no WhatsApp. As falas atribuídas ao presidente na foto foram realmente ditas por ele. Confira: 

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"Está superdimensionado" 

No gráfico, os casos começam a ser contados no dia 26 de fevereiro, data do primeiro diagnóstico confirmado no Brasil de coronavírus. A primeira fala de Bolsonaro entra no dia 9 de março, com a declaração dada em Miami, onde o presidente minimiza a doença dizendo que o poder destrutivo da nova epidemia foi "superdimensionado". 

Dois dias depois, em 11 de março, a Organização Mundial da Saúde (OMS) declara a doença como pandemia. Na mesma data, o chefe do executivo dá outra declaração e afirma que não é médico, mas que pelo que ouviu "outras gripes mataram mais". No dia 14 de março, o Brasil soma 121 casos confirmados da doença. No dia seguinte, após ir a uma manifestação, Bolsonaro diz que não pode haver 'histeria' em combate ao coronavírus."Pode ver no passado, em 2009 e 2010, tivemos uma crise semelhante", afirmou. 

No dia 17 de março, com 290 casos confirmados da doença no País, Bolsonaro afirma que o vírus trouxe uma certa histeria. "Tem alguns governadores, no meu entender, posso até estar errado, que estão tomando medidas que vão prejudicar e muito a nossa economia", acrescentou. No mesmo dia, a primeira morte decorrente da doença foi confirmada no País. 

"Não vai ser uma gripezinha que vai me derrubar"

Em 20 de março, Bolsonaro volta a minimizar a doença. "Depois da facada, não vai ser uma gripezinha que vai me derrubar". Na ocasião, o número de infectados no Brasil chegava a 904. Dois dias depois, o presidente volta a dar declarações sobre a doença e diz que o povo saberá que foi enganado pelos governadores e pela mídia sobre coronavírus. No dia 22, em pronunciamento, o chefe do executivo volta a questionar a gravidade associada à doença e diz que se tivesse o vírus, por seu histórico de atleta, nada sentiria. 

Com 2.915 pessoas diagnosticada com a covid-19 e 77 óbitos, no dia 26 de março, Bolsonaro diz que a pandemia de covid-19 não causará no Brasil danos na mesma magnitude da que ocorre nos Estados Unidos. "Eu acho que não. Eu acho que não vai chegar a esse ponto”, respondeu. “Até porque o brasileiro tem que ser estudado. Ele não pega nada. Você vê o cara pulando em esgoto ali, sai, mergulha, tá certo? E não acontece nada com ele”, opinou o presidente. No dia 27, ele chegou a questionar o número de casos que estava em 3.417 casos e 92 óbitos. 

No dia 30 de março, o presidente afirmou que no Brasil havia dois problemas: o vírus e o desemprego.  “Vai morrer gente? Vai morrer gente”, acrescentou. 

"Parece que o vírus está começando a ir embora"

"Parece que está começando a ir embora essa questão do vírus, mas está chegando e batendo forte a questão do desemprego", disse Jair Bolsonaro no dia 12 de abril, em videoconferência com líderes religiosos em comemoração à Páscoa. No dia mesmo dia o Brasil chegou aos 1.200 mortos pela covid-19

"Eu não sou coveiro" 

No dia 20 de abril, o Brasil totalizava 2.575 vítimas fatais decorrentes da covid-19. Ao ser questionado sobre o número, o presidente Jair Bolsonaro disse que não era coveiro

 

"E daí? Lamento. Quer que eu faça o quê?"

Nessa terça-feira (28), Bolsonaro lamentou a escalada de mortes causadas pelo novo coronavírus no Brasil, mas disse que não faz milagre. No dia, o País somou 5.017 óbitos pela covid-19, superando o total registrado na China desde o início da pandemia - 4,6 mil. "E daí? Lamento. Quer que eu faça o quê? Eu sou Messias, mas não faço milagre", disse a um repórter em frente ao Palácio do Alvorada, em Brasília.

>> Artigo: O peso do "E daí?" de Bolsonaro para quem está na linha de frente no combate ao coronavírus


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O que é coronavírus?

Coronavírus é uma família de vírus que causam infecções respiratórias. O novo agente do coronavírus foi descoberto em 31/12/19 após casos registrados na China.Os primeiros coronavírus humanos foram isolados pela primeira vez em 1937. No entanto, foi em 1965 que o vírus foi descrito como coronavírus, em decorrência do perfil na microscopia, parecendo uma coroa.

A maioria das pessoas se infecta com os coronavírus comuns ao longo da vida, sendo as crianças pequenas mais propensas a se infectarem com o tipo mais comum do vírus. Os coronavírus mais comuns que infectam humanos são o alpha coronavírus 229E e NL63 e beta coronavírus OC43, HKU1.

Como prevenir o coronavírus?

O Ministério da Saúde orienta cuidados básicos para reduzir o risco geral de contrair ou transmitir infecções respiratórias agudas, incluindo o coronavírus. Entre as medidas estão:

  • Lavar as mãos frequentemente com água e sabonete por pelo menos 20 segundos, respeitando os 5 momentos de higienização. Se não houver água e sabonete, usar um desinfetante para as mãos à base de álcool.
  • Evitar tocar nos olhos, nariz e boca com as mãos não lavadas.
  • Evitar contato próximo com pessoas doentes.
  • Ficar em casa quando estiver doente.
  • Cobrir boca e nariz ao tossir ou espirrar com um lenço de papel e jogar no lixo.
  • Limpar e desinfetar objetos e superfícies tocados com freqüência.
  • Profissionais de saúde devem utilizar medidas de precaução padrão, de contato e de gotículas (mascára cirúrgica, luvas, avental não estéril e óculos de proteção).

Para a realização de procedimentos que gerem aerossolização de secreções respiratórias como intubação, aspiração de vias aéreas ou indução de escarro, deverá ser utilizado precaução por aerossóis, com uso de máscara N95.

Confira o passo a passo de como lavar as mãos de forma adequada

 

 

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